Greve nas federais ganha força e está prestes a completar um mês

A greve de professores e servidores de universidades federais e de institutos federais
 está prestes a completar um mês e vem ganhando cada vez mais força. Na próxima semana, mais 9 universidades devem aderir à paralisação, entre elas a Unifesp
, em São Paulo, e UFBA
, na Bahia.

Até o momento, segundo o  Sindicato Vernáculo dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes)
, ao menos 687 campus estão parados em todo o Brasil. Entenda o cenário inferior. 

Quando começou a greve

Os professores iniciaram a paralisação em 2 de abril, mas a greve do grupo ganhou força mesmo a partir do dia 15.
 A dos servidores técnico-administrativos começou no dia 18 de março. A expectativa é que profissionais de outras universidades e institutos cruzem os braços nos próximos dias. 

Motivo do protesto

Os profissionais pedem que o governo se comprometa com um aumento salarial de 7,06% em 2024, 2025 e em 2026. Ou por outra, os manifestantes exigem melhora nas condições de trabalho, um melhor projecto de curso e um “revogaço” de decretos dos últimos governos.

Os servidores também querem a recomposição do orçamento de investimento na rede federalista de ensino — em 2023, o governo Lula aumentou o aporte em relação a 2022. Neste ano, porém, a verba diminuiu. As instituições dizem que precisam de R$ 2,5 bilhões a mais nas contas para fecharem o ano.

Proposta do governo

Em meio ao prolongamento do movimento, o governo decidiu fazer uma proposta para atender a categoria. A oferta oferecida foi de um reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026. Para oriente ano, a categoria continuaria com o mesmo salário. 

Revolta

Os sindicatos da categoria reprovaram a proposta do governo, classificando a oferta uma vez que “decepcionante” e “ofensiva”. “A ensino é dita nos discursos do governo uma vez que um tanto que é prioridade, mas colocam muitas dificuldades para atender nossas reivindicações”, declarou Davi Lobão, coordenador pátrio do Sinasefe, em entrevista ao UOL
. 

Lula promete dialogar

No início desta semana, o presidente Lula
(PT) afirmou que entende a revelação, mas declarou que não conseguirá atender a todos os pedidos. “O pessoal estava muito, muito, muito reprimido, eles não faziam greve há muito tempo, não tinha aumento de salário há muito tempo. Nós estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras e vão ter aumento”, disse

“Nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar. E nós vamos negociar com todas as categorias. Eu quero até aproveitar para expor que ninguém será punido nesse país por fazer uma greve”, acrescentou. 

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