Adaptação: 96% dos paulistanos acredita que a cidade está despreparada para eventos climáticos

Será que as maiores metrópoles do mundo estão preparadas para mourejar com os eventos climáticos extremos? Na percepção pública, quatro em cada cinco pessoas acreditam que a resposta é não, e as cidades que vivem não estão organizadas para gerenciar os riscos e impactos mais severos da crise climática.

É isso que revela um novo estudo do Grupo Zurich em parceria com a empresa internacional de pesquisa Economist Impact, ao se debruçar para entender a visão da população sobre medidas de adaptação e resiliência em Amsterdã, Cairo, Cidade do Cabo, Dubai, Jacarta, Madri, Mumbai, Novidade York e Tóquio. 

Depois ouvir mais de cinco milénio moradores, o levantamento apontou que 32% pensa que sua cidade está “um pouco preparada” e mais de um quarto (28%) considera que  “está despreparada” para enfrentar as ondas de calor, inundações, secas e poluição do ar que acontecem cada vez com mais frequência. Já os que acreditam “não estar preparada nem despreparada”, somam 22% e somente 16% dizem que o lugar onde vivem está de roupa pronto para mourejar com eventos climáticos extremos.

São Paulo, Tóquio e Novidade York foram vistas porquê as menos estruturadas para enfrentar esses riscos. Para 96% paulistanos, a cidade está “despreparada ou totalmente despreparada” para os cenários futuros que o clima impõe.

Fabio Leme, Diretor Executivo de Personal Lines e Marketing da Zurich Seguros, disse à EXAME que os resultados indicam uma preocupação frente aos riscos climáticos e uma procura por soluções para minimizá-los, ao mesmo tempo que pode ser revérbero da falta de informação e ações em curso. “É preciso dar uma resposta rápida e eficiente, muito porquê investir em medidas de adaptação e mitigação para reduzir os riscos e proteger as comunidades”, destacou. 

Quando questinados sobre de quem é a responsabilidade de investir em cidades mais resilientes, 50% disseram ser dos governos nacionais, e 46% citaram as lideranças locais. Segundo os entrevistados, os governos federais têm os recursos financeiros e o poder regulatório para implementar reformas de infraestrutura e políticas em larga graduação — enquanto os locais conhecem mais de perto os desafios da região. 

“Existe uma percepção compartilhada de que a responsabilidade pela adaptação climática é ampla e multifacetada. Mas, existe um consenso de que é preciso esforços coordenados”, complementou Fabio. 

Entre os obstáculos, 56% disseram não incumbir nas diretrizes governamentais. O dispêndio é a principal barreira para 53%, e 49% não acreditam na eficiência das estratégias existentes, enquanto barreiras culturais são apontadas por 39%. Ou por outra, 18% negam que os impactos da emergência climática sejam uma ameaço significativa.

As iniciativas individuais também foram apontadas porquê vetor fundamental para driblar os desafios do clima, seguidas por atuação das empresas (31%). Um terço dos entrevistados se sente responsável pela adaptação climática em sua cidade e já tomou alguma medida nos últimos 12 meses ou planeja tomar nos próximos.

As ações mais populares incluem autoeducação sobre o tema (75%), conservação de recursos hídricos (74%) e mudanças nos hábitos de consumo (69%).

Outros destaques 

O estudo também mostra que 41% dos indivíduos acreditam que os sistemas de gestão hídrica de suas cidades correm risco, indicando que problemas porquê secas, inundações e poluição da chuva são grandes preocupações e outros 33% se sentem aflitos com a infraestrutura energética.

Já os sistemas de saúde são uma preocupação para 31% devido às mudanças no clima e o fornecimento de víveres é assinalado por 30% porquê ponto de vulnerabilidade, seguido por gestão de lixo e resíduos (27%), infraestrutura de transportes (24%), edificações (24%), serviços de emergência (22%), infraestrutura de comunicações (13%) e ensino (11%). 

O entendimento sobre os impactos das mudanças climáticas varia a depender do gênero e idade: 45% das mulheres são mais propensas a ver a “qualidade do ar em sua cidade” porquê o fator de maior risco, em confrontação com 41% dos homens. Os mais velhos também são mais sensíveis ao tema: 42%  com 65 anos ou mais dizem que as consequências devem afetar a disponibilidade e a qualidade da infraestrutura pública das cidades, enquanto nos jovens a preocupação cai para 25%.

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