Nove pessoas são presas por receptação e adulteração de peças
Uma operação da Polícia Social de Goiás, na manhã desta quarta-feira (30/10), teve uma vez que objetivo combater um esquema de receptação e adulteração de peças automotivas que atuava em Goiás, São Paulo e Maranhão. No totalidade, foram cumpridos 23 mandados judiciais, incluindo 14 mandados de procura e consumição e nove de prisão temporária.
Com base na investigação, a mercadoria ilícito era transportada em caminhões-baú no meio de peças de leilão, compradas legalmente, para não serem pegas em fiscalizações. Os itens vinham de São Paulo para Goiás, onde eram revendidos em lojas e galpões especializados em peças automotivas.
As ações foram realizadas simultaneamente em cinco cidades: Goiânia (GO), Sé de Goiás (GO), Campinas (SP), Mogi Mirim (SP) e Imperatriz (MA). Em Goiás, as autoridades prenderam cinco pessoas na capital e em Sé de Goiás, e apreenderam celulares, notas fiscais e peças de veículos que estavam adulteradas.
A operação também incluiu buscas em quatro estabelecimentos comerciais de peças usadas em Goiânia. Um dos principais suspeitos, que seria responsável pelo envio das peças de São Paulo, foi recluso no Maranhão.
De consonância com a delegada Rafaela Azzi, o esquema era sofisticado e envolvia a ocultação das peças e adulteração dos sinais identificadores.
“Essa é uma investigação que apura a recepção de componentes veiculares ocultados em caminhões e baús que transportam componentes usados, peças de leilão, peças lícitas, logo, em meio a essa investigação, essas peças vêm para Goiás, componentes adulterados, com sinal identificador suprimido”, afirmou a delegada.
A apuração indica que os receptadores supostamente compravam peças sabendo de sua origem ilícito. Os envolvidos podem responder por associação criminosa e adulteração de peças automotivas, crimes que podem resultar em até 16 anos de prisão.
As investigações ainda buscam instituir há quanto tempo o esquema vinha operando e a quantidade de peças que foram transportadas e vendidas. A polícia está analisando todos os materiais apreendidos e aguarda laudos periciais para progredir no caso.
“Nos próximos dias, todas essas pessoas presas ou envolvidas, mesmo que não presas, serão ouvidas. Nós vamos requisitar perícia ao Laboratório de Identificação Veicular dos componentes verificados nesses estabelecimentos comerciais, e a investigação deve transcorrer nesse sentido, esperar o laudo pericial e a oitiva das pessoas envolvidas”, concluiu a delegada Rafaela Azzi.