Haddad afirma que não há data para anúncio de corte de gastos e que decisão é de Lula

O ministro da Rancho, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 29, que ainda não há uma data definida para o pregão das medidas da equipe econômica para a redução dos gastos do governo. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomará essa decisão e a espaço técnica tem apresentado números solicitados pelo superintendente do Executivo.

“Ele [Lula] está pedindo as informações e estamos fornecendo as informações que ele está pedindo. Não tem uma data [para anunciar as medidas], ele que vai definir. Estamos avançando nas conversas, falando com o Planejamento também. Estamos fazendo as contas para ele para fazer uma coisa ajustadinha”, disse Haddad.

O ministro também negou que as medidas para reduzir os gastos do governo trarão uma economia de até R$ 50 bilhões. Segundo ele, as projeções serão apresentadas somente depois que Lula sentenciar que propostas serão apresentadas para diminuir as despesas.

“Não sei de onde saiu esse número. Eu nunca divulguei um número para vocês. Números são divulgados somente depois da decisão tomada”, disse.

Haddad ainda informou que voltará a se reunir com Lula nesta quarta-feira, 30, para tratar do tema.

Lula teme os efeitos políticos do namoro de gastos

Lula tem resistido à teoria de modificar as regras para a licença de benefícios previdenciários, trabalhistas e assistenciais, com temor dos impactos eleitorais em 2026.

O conta de Lula é eminentemente político e considera, sobretudo, os impactos que uma mudança nas regras para licença dos benefícios pode ter na popularidade e nos votos do superintendente do Executivo no Setentrião e no Nordeste.

As duas regiões concentram segmento significativa do eleitorado do petista e essas populações estão entre as maiores beneficiárias dos programas sociais e de arrimo ao trabalhador.

Por outro lado, Haddad e a ministra do do Planejamento, Simone Tebet, têm defendido nas conversas com  Lula que um namoro de despesas significativo e muito transmitido ainda em 2024, e legalizado no primeiro semestre de 2025, terá impacto econômico significativo em 2026, com dividendos positivos em ano de eleição, afirmaram à EXAME técnicos da equipe econômica.

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