EUA pedem que Israel não aplique lei que impede agência da ONU de entrar no país

Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira ao governo de Israel que não aplique as novas leis que proíbem a Sucursal das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) de atuar em seu território e restringem seu trabalho nos territórios palestinos de Fita de Gaza e Cisjordânia.

“Continuamos a pedir ao governo de Israel que interrompa a implementação dessa legislação. Pedimos que não a aprovassem e consideraremos os próximos passos dependendo do que sobrevir nos próximos dias”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, em entrevista coletiva.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Resguardo do país, Lloyd Austin, expressaram “profunda preocupação” com a lei em uma missiva recente a seus pares israelenses, acrescentou o porta-voz.

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Miller enfatizou que a UNRWA desempenha um “papel fundamental” não unicamente na prestação de assistência humanitária aos civis na Fita de Gaza, onde a sucursal é “insubstituível”, mas também presta serviços aos palestinos na Cisjordânia e em toda a região.

“Não há ninguém que possa substituí-los neste momento, em meio a uma crise”, declarou.

O governo americano suspendeu o repasse de recursos à UNRWA em janeiro, enquanto alguns funcionários da sucursal estavam sendo investigados por supostamente participarem do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

O Congresso dos EUA posteriormente bloqueou o financiamento para a sucursal até 2025, mas Miller afirmou hoje que o governo Biden quer que o veto seja derrubado o mais rápido provável para que possa ser retomado o envio de verbas para a UNWRA.

Israel acusou a sucursal de empregar 2.100 membros do Hamas e alegou que 12 deles estavam ativamente envolvidos nos ataques de 7 de outubro ao país. A UNRWA respondeu imediatamente abrindo uma investigação interna e afastando os acusados.

A sucursal, que tem mais de 30 milénio funcionários, alegou meses depois que Israel não havia fornecido provas conclusivas do envolvimento deles nos ataques.

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