
Após burnout, empresário criou uma "terapeuta com IA" no WhatsApp. O foco: ganhar milhões
Para o brasiliense Sávio Arruda, a vida de empreendedor sempre foi marcada por riscos.
Formado em engenharia de redes e com passagens por startups e grandes empresas uma vez que PagSeguro, ele já estava habituado a desafios tecnológicos. Mas foi em seguida enfrentar um incidente de burnout e impaciência que Sávio decidiu mudar de direção.
Ele criou a Serena, uma assistente virtual que usa Perceptibilidade Sintético para fornecer suporte psicológico através do WhatsApp. Agora, ele mira um faturamento de 15 milhões de reais.
O projecto de Sávio para a Serena não é substituir psicólogos, mas facilitar e baratear o entrada ao atendimento psicológico em um país onde a oferta é limitada.
“A maior segmento das cidades brasileiras têm menos de um psicólogo por milénio habitantes”, diz. “Queremos oferecer uma solução atingível para quem não tem condições de remunerar por terapias tradicionais, ou enfrenta uma longa espera no SUS.”
A proposta é simples: os usuários compram créditos e acessam a “terapeuta” pelo WhatsApp, onde podem receber conselhos baseados em terapia cognitivo-comportamental (TCC), uma abordagem comprovada para tratar impaciência e depressão.
Cada interação com a IA consome um crédito, e pacotes de 25, 50 ou créditos ilimitados estão disponíveis por preços que variam de 29 a 99 reais por ano.
A viradela: de um protótipo a um resultado escalável
Sávio começou a desenvolver a Serena no ano pretérito, inspirado por sua própria experiência ao mourejar com a impaciência e a falta de opções acessíveis de tratamento.
“Eu já tinha pretérito por episódios de impaciência generalizada e depressão, mas foi quando saí de uma startup e fiquei sem serviço que tudo piorou”, afirma. Em seguida tentar ajuda terapia tradicional, ele se deparou com altos custos e um mercado ainda inacessível para muitas pessoas.
Deliberado a encontrar uma solução mais prática e atingível, Sávio testou um protótipo da Serena.
“Fiz uma versão inicial e percebi que a IA funcionava muito. Ela acolhia as pessoas, dava conselhos e começava a ajudar de verdade”, afirma.
Depois de algumas campanhas de teste no Google e uma live com o influenciador Dr. Marco Abud, referência em saúde mental com 3 milhões de seguidores, a Serena começou a lucrar tração.
“Quando as pessoas começaram a remunerar pelo serviço, eu soube que havia um negócio ali”, afirma Sávio.
Com 2.000 usuários cadastrados em poucos meses, a Serena agora foca em expandir. A meta é ambiciosa: chegar a 500.000 usuários em três anos, com um faturamento de 15 milhões de reais.
O protótipo de negócios e a IA no WhatsApp
A Serena opera por meio de créditos. Cada interação com a IA custa um crédito, e os usuários podem comprar pacotes por valores que começam em 29 reais.
A plataforma também oferece áudios educativos sobre saúde mental, uma vez que trilhas específicas para mourejar com impaciência, depressão e insônia.
Além de fornecer suporte emocional inicial, a IA também oferece testes periódicos para escoltar o progresso dos usuários, utilizando métodos uma vez que o GAD-7 e o PHQ-9, ambos padrões na avaliação de impaciência e depressão. Mas a Serena sabe seus limites. “Ela é treinada para reconhecer quando o problema é mais grave e orientar o usuário a procurar ajuda profissional”, afirma Sávio.
Desafios e planos para o porvir
O principal duelo da Serena não está na tecnologia, mas em expandir sua base de usuários e velejar pelas regulamentações de saúde mental, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
“Cá, ainda não existe uma regulamentação clara para terapias mediadas por IA. Nos EUA e na Europa, o envolvente é mais avançado, mas no Brasil ainda estamos nos adaptando”, diz Sávio.
A Serena já está sendo preparada para internacionalização, com planos de tradução para outros idiomas e um estudo solícito das regulamentações em diferentes países.
“A terapia cognitivo-comportamental é a mesma em qualquer lugar do mundo, mas precisamos entender uma vez que ajustar a solução para outros mercados”, explica.
Mesmo com esses obstáculos, Sávio vê um potencial enorme para o desenvolvimento da Serena, mormente em um país onde a saúde mental ainda é um tema rodeado de tabus. “Muita gente ainda tem terror de buscar ajuda, seja por vergonha ou por falta de entrada”, diz. “Queremos ser essa porta de ingresso para quem precisa de suporte, mesmo que inicialmente seja por meio de uma IA.”