
Já teve virada no 2º turno da eleição em SP? Boulos precisa repetir feito raro para superar Nunes
Além das primeiras pesquisas em seguida o primeiro vez, o histórico das eleições em São Paulo desde a redemocratização mostra um cenário reptante para o deputado federalista Guilherme Boulos (PSOL).
Desde 1992, primeira vez que a eleição municipal teve segundo vez, houve sete disputas com uma segunda votação, com somente uma mudança entre quem terminou adiante no primeiro vez e no segundo vez.
Em 2012, o hoje ministro da Herdade Fernando Haddad fechou o primeiro vez com 28,98% dos votos válidos, contra 30,75% do ex-governador José Serra. A disputa, protagonizada entre PT e PSDB, teve Celso Russomanno e Gabriel Chalita porquê coadjuvantes, que terminaram a primeira lanço de votação com mais de 10% dos votos válidos cada um.
No segundo vez, Haddad venceu com 3,3 milhões de votos e 55,57% dos votos válidos, superando Serra, que terminou a eleição com 2,7 milhões de votos e 44,43%.
Pesquisas da era mostraram que Haddad conseguiu ocupar a maioria dos votos de Russomanno e Chalita, o que foi determinante para sua vitória.
O contexto da era também explica o resultado. Haddad, que foi ministro da Instrução entre 2005 e 2012 e um dos responsáveis por programas porquê o Prouni e o Fies, era relativamente ignoto e tinha baixa repudiação.
Levantamentos apontavam ainda para uma subida repudiação de Serra e uma possante demanda por mudança entre os paulistanos. Uma pesquisa Datafolha da era mostrou que 23% dos eleitores afirmaram ter votado em Haddad por ele simbolizar “inovação e mudança”.
Outrossim, o PT vinha de um período favorável, em seguida vencer a terceira eleição presidencial consecutiva, e o governo Dilma Rousseff era muito estimado, em grande segmento devido ao desempenho econômico dos governos Lula 1 e 2.
O partido terminou aquele ano com um dos seus melhores desempenhos, elegendo mais de 600 prefeitos, incluindo quatro em capitais.
Em um quadro mais desfavorável e com subida repudiação, Boulos terá que vogar contra o histórico para vencer em São Paulo.
O número mágico é mais de 3 milhões de votos no 2º vez
O número-chave para ser competitivo é ocupar mais de 3 milhões de votos no segundo vez.
Boulos conseguiu 700 milénio votos a mais neste ano na confrontação do que havia recebido no primeiro vez de 2020, somando 1,7 milhão de votos, ficando somente 25 milénio detrás de Nunes. Para ser competitivo no dia da votação, ele precisará ocupar pelo menos 1,3 milhão de votos a mais até o dia 27 de outubro.
O histórico mostra que, para vencer em São Paulo, o candidato precisa de pelo menos 3 milhões de votos. Para isso, Boulos tentará atrair uma segmento significativa dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) e de Tabata Amaral (PSB).
O influenciador não declarou espeque a Nunes, mas sempre se posicionou porquê opositor de candidatos de esquerda. Já Tabata declarou voto em Boulos, mas ainda não indicou se fará campanha para o deputado no segundo vez.
Estratégia de Boulos para o segundo vez
Na última quinta-feira, Boulos foi a Brasília para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Fernando Haddad propostas que possam atrair eleitores no segundo vez.
Entre as medidas destacadas por Boulos estão propostas para motoristas de aplicativos porquê Uber e 99, além de planos para liberar publicidade em táxis e facilitar a transferência de alvarás. Essas iniciativas fazem segmento de uma estratégia focada no incitação ao empreendedorismo.