
A volta do maior vencedor do Oscar de Melhor Ator — e porque isso merece sua atenção
A novidade geração talvez não conheça ou talvez não tenha visto aos filmes de um dos nomes mais aclamados em Hollywood. Mas poderá vê-lo chacoalhar a indústria cinematográfica muito em breve: sete anos depois de se reformar da atuação, Daniel Day-Lewis, de 67 anos, está de volta ao cinema para um papel em “Anemone“. O longa-metragem terá direção de Ronan Day-Lewis, fruto do ator, e ainda não tem data de estreia.
Único ator com três oscars de Melhor Ator — por “Meu Pé Esquerdo” (1989), “Sangue Preto” (2008) e “Lincoln” (2012) —, o último trabalho de Daniel no cinema foi em “Trama Fantasma” (2017), pelo qual recebeu mais uma indicação à categoria (a sexta), mas acabou perdendo o prêmio para Gary Oldman (“O Fado de uma Região”). “Trama Fantasma” concorreu a seis estatuetas do Oscar em 2018, mas levou somente uma para mansão, na categoria de Melhor Figurino.
Além dos filmes já mencionados, Day-Lewis também trabalhou nos clássicos “Em Nome do Pai” (1993), “Gangues de Novidade York” (2002), “O Lutador” (1997), “Gandhi” (1982), “Uma Janela para o Paixão” (1985), “O Último dos Moicanos” (1992), entre outros. É até hoje um dos atores mais reconhecidos de Hollywood dos anos 1990 e 2000 — e seu retorno às telonas pode movimentar a estrutura de Hollywood, assim porquê as preferências da Liceu de Artes e Ciências Cinematográficas.
Daniel Day-Lewis em ‘O Último dos Moicanos’ (1992) (O Último dos Moicanos/Divulgação)
De volta às telas — e aos bastidores
“Anenome” será dirigido pelo fruto de Day-Lewis, Ronan. Daniel deve ocupar o papel de protagonista, mas seu papel ainda não foi confirmado pelos produtores. Além de atuar no longa, ele também está envolvido nos bastidores do projeto e assinará porquê sócio do roteiro, em conjunto com o fruto.
Fontes detalharam à Vanity Fair que o longa abordará “as complexas relações entre pais, filhos e irmãos, e as dinâmicas dos laços familiares”, em uma quadra na qual as novas gerações questionam cada vez mais a valia da família na sociedade e os efeitos dessas relações na saúde mental — tarifa uniforme no cinema dos últimos anos. A metalinguagem evidente do roteiro dá pistas do motivo pelo qual o ator resolveu trespassar da aposentadoria, e sua presença no longa-metragem pode levar o título a um novo patamar dentro de Hollywood.
Já taxado porquê “nepo baby” (mesmo sem estar na boca da grande mídia), ainda que carregue o legado do pai para a novidade produção, Roman Day-Lewis não tem uma curso expressiva no cinema — mas parece empolgado em construí-la. O currículo do cineasta inclui somente o curta-metragem “The Sheep and the Wolf” (2018), exibido no Festival de Cineastas de Yale (“Yale Filmmaker’s Block”), e o vídeo músico “Snow and Sun”. “Anemona” será o primeiro trabalho do cineasta, de 26 anos, em um longa-metragem. E chega com produção robusta, feita pela Focus Features e pela Plan B (empresa de Brad Pitt). O elenco é Sean Bean (“O Senhor dos Anéis” e “Game of Thrones”), Samantha Morton (“A Baleia”), Samuel Bottomley (“Porquê Fazer Sexo”) e Safia Oakley-Green (“Requiem”).
Se o resultado da estreia de Roman vai ser bom ou não, ainda é cedo para expor. Mas a equipe envolvida no filme passa a tal da “boa imagem” que a Liceu tanto preza. Goste o público ou não, o cinema vive a era dos “nepo babies” — o que pode ser tanto sintomático do próprio envelhecimento dos rostos de Hollywood quanto da “validação” do espaço que os “privilegiados” vem tomando na indústria. “Anemone”, nesse meio, pode colocar a temporada à prova.

Daniel Day-Lewis em “Trama Fantasma” (2017) (Phantom Thread/Divulgação)
A ‘polêmica’ aposentadoria de Daniel Day-Lewis
Em 2018, Daniel anunciou a aposentadoria da atuação. “Minha vida toda eu dizia que deveria parar de atuar, e não sei por que dessa vez foi dissemelhante, mas o impulso de desistir se enraizou em mim e isso se tornou uma compulsão”, disse Daniel à Revista W, em 2018. Na quadra, a assessora do ator, Leslee Dart, também confirmou a notícia: “Daniel Day-Lewis não trabalhará mais porquê ator. Ele é imensamente grato a todos os seus colaboradores e ao público ao longo dos anos. Esta é uma decisão privada, e nem ele nem seus representantes farão mais comentários sobre o ponto”, disse ela em enviado enviado ao The Hollywood Reporter.
Embora a decisão de 2017 tenha durado quase uma dez, não foi a primeira vez que Daniel “flertou” com a teoria — polêmica — de uma aposentadoria do cinema ao longo de sua extensa curso porquê ator. No início da dez de 1990, logo em seguida receber a primeira indicação e a primeira estatueta do Oscar, chegou a declarar à prelo da quadra que pretendia entrar em uma “semiaposentadoria” para se destinar à marcenaria e fabricação de sapatos, duas grandes paixões.
Ele já havia oferecido sinais do libido de deixar as telas no ano anterior, em 1989, quando se aposentou dos palcos do teatro, logo em seguida largar uma peça no meio da apresentação na qual interpretava Hamlet, no National Theatre, em Londres. Na quadra, Day-Lewis chegou a expor que havia visto o fantasma de seu pai. Anos depois, no entanto, disse que talvez estivesse falando de forma mais metafórica sobre a aparição sobrenatural. “Eu provavelmente via o fantasma do meu pai todas as noites, porque, evidente, quando você trabalha em uma peça porquê ‘Hamlet‘, você explora tudo através de sua própria experiência”, relatou em entrevista à revista Time. Ele não voltou aos palcos desde portanto.
De 2017 para cá, depois de dar o “ultimato” na curso porquê ator, Daniel cumpriu a promessa: manteve uma vida mais reservada, longe dos holofotes e ainda mais longe dos sets de Hollywood. O papel de “Anemone”, no entanto, parece ter um espaço privativo o suficiente na curso do ator para justificar seu retorno à indústria.

Daniel Day-Lewis em ‘Lincoln’ (2012) (Fox/Divulgação)
Melhor Ator da história do Oscar
Colecionador de prêmios de Melhor Ator do Oscar, Daniel Day-Lewis é ainda hoje o artista com mais estatuetas na categoria da história da premiação. Além dos prêmios, foi indicado outras três vezes — seis nomeações, no totalidade —, por “Gangues de Novidade York” (2002), “Em Nome do Pai” (1993) e “Trama Fantasma” (2017).
Caso seja indicado pelo trabalho no novo filme, o ator pode se igualar à Katherine Hepburn no número de estatuetas. A artista, que morreu em 2003, é a única a lucrar porquê Melhor Atriz em quatro produções diferentes — “Uma Manhã Gloriosa”, “Adivinhe Quem Vem para Jantar”, “Leão no Inverno” e “A Vivenda do Lago”. Day-Lewis vem logo em seguida, com três prêmios, escoltado de Frances McDormand ( “Fargo”, “Três Anúncios Para Um Violação” e “Nomaland”).