Pessoas com deficiência são menos de 5% da força de trabalho no país, aponta estudo

Há 34 anos, a Lei de Cotas estabelece que empresas com mais de 100 funcionários devem destinar de 2% a 5% das vagas para a contratação de pessoas com deficiência. Mesmo com a implementação da lei, a inclusão dessa população no mercado de trabalho ainda é um dos desafios sociais e econômicos que o Brasil enfrenta.

Pessoas com deficiência, que são quase 9% da população brasileira, representam 4,6% da força de trabalho no país, conforme dados da startup Diversitera, voltada para pesquisas sobre volubilidade, justiça e inclusão.

Além do capacitismo, preconceito ou discriminação contra pessoas com deficiência, outro fator que afasta essa população do mercado de trabalho é a falta de acessibilidade nos locais de trabalho. Dos respondentes da pesquisa, 37% afirmam que o sítio onde trabalham é parcialmente ou zero conseguível.

Inclusão na prática

Segundo o CEO da Diversitera, Marcus Kerekes, os dados mostram que as empresas não priorizam a efetiva inclusão desses profissionais. Ele destaca que acessibilidade é uma premência que vai muito além dos processos seletivos e contratações.

É geral encontrarmos situações em que o profissional com deficiência não tem chegada a condições mínimas de acessibilidade. Por exemplo, uma pessoa cega que não tem chegada a um software de leitura de tela, ou um funcionário surdo que se comunica em Libras, mas trabalha em um envolvente onde ninguém compreende ou sabe se expressar na língua”, explica Kerekes.

Para o CEO, as empresas precisam rever suas políticas de inclusão e gerar espaços que priorizem a acessibilidade. Ele destaca que “existem problemas que podem ser resolvidos de maneira rápida e eficiente, com grande impacto na qualidade de vida desses colaboradores. Acredite, solucionar essas questões é muito mais simples e barato do que se imagina”, ressalta.

Desigualdade salarial

Outro oferecido importante levantado pela pesquisa é a diferença salarial entre profissionais com deficiência e seus colegas: segundo o estudo, eles recebem, em média, 14% a menos em relação a trabalhadores que não têm deficiência e ocupam cargos equivalentes.

O estudo também mostra que as empresas, em universal, não priorizam o desenvolvimento e o propagação profissional de pessoas com deficiência, focando nas contratações para atender às exigências legais.

Marcus Kerekes aponta que as companhias que ainda não implementam a volubilidade e inclusão em seu escopo de trabalho ignoram os benefícios gerados para o negócio, porquê o enriquecimento do repertório criativo e analítico da equipe, além da pluralidade na geração de produtos e na avaliação de riscos.

“A trajetória de vida de cada quidam molda suas habilidades profissionais e, no caso das pessoas com deficiência, isso se torna ainda mais evidente, trazendo contribuições únicas e valiosas para o mercado”, conclui Kerekes.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios