Cimehgo alerta para tempo quente e seco em Goiás
A tamanho de ar quente e sedento que se localiza sobre o estado de Goiás deve continuar influenciando as temperaturas no estado, conforme informações do Meio de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Com as temperaturas máximas em elevação pela tarde, o órgão emitiu alerta para a baixa umidade relativa do ar, que pode chegar a 12%.
As regiões Setentrião e Oeste são as mais afetadas pelo calor nesta terça-feira (30/09), chegando a marcar 41°C e 40°C, respectivamente. Já nas partes Leste, Meão e Sul do estado, as máximas ficam em tapume de 36°C e, no Sudoeste, 37°C.
A baixa expectativa de chuvas no pequeno prazo em Goiás também influencia no nível dos mananciais monitorados pelo Cimehgo. O Rio Araguaia, escoltado em cidades uma vez que Aragarças, Aruanã e Novidade Crixás (Bandeirantes), está entre os mais afetados. Em Aruanã, os níveis do rio já caíram para fora da zona de normalidade, exigindo atenção redobrada. No província de Bandeirantes, em Novidade Crixás, o Araguaia chegou a níveis mínimos históricos, o que acendeu o alerta de especialistas. Em Aragarças, embora ainda esteja dentro do esperado, o rio também apresenta tendência de declínio.
Previsão do Inmet para o mês de outubro
De pacto com a previsão do tempo para outubro, feita pelo Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem retornar para o fechado brasílio a partir da segunda quinzena do mês. O estudo divulgado na última quarta-feira (25/09) indica que as precipitações no estado irão beneficiar culturas de soja, milho e cana-de-açúcar, garantindo boas condições de solo no Meio-Oeste.
Em outras áreas do país, no entanto, o quadro é dissemelhante. Regiões uma vez que o Nordeste, setentrião de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins e Pará devem enfrentar chuvas próximas ou inferior da média climatológica. A previsão de pouca precipitação para o centro-norte do Brasil pode resultar em uma queda dos níveis de umidade do solo, afetando áreas agrícolas estratégicas, uma vez que o MATOPIBA, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Um ponto de atenção é a vaga de calor prevista para outubro, com temperaturas supra da média em grande segmento do país. O Inmet destaca que regiões uma vez que Mato Grosso, oeste da Bahia, Piauí e Maranhão poderão registrar temperaturas superiores a 28ºC, com possibilidade de dias de calor intenso. Esse aumento de temperatura é uma consequência direta da redução das chuvas, o que pode impactar tanto o conforto da população quanto o desempenho de algumas culturas.
Outubro também marca a chegada do fenômeno climatológico La Niña, que deve trazer mudanças significativas para o clima do Brasil nos próximos meses. Segundo o Meio de Previsão Climática dos Estados Unidos, o La Niña impacta as condições climáticas ao resfriar as águas do Oceano Pacífico, o que pode gerar chuvas mais intensas em algumas regiões da Ásia e condições mais secas em partes da América do Sul.
No Brasil, esse fenômeno pode influenciar diretamente as principais culturas agrícolas, uma vez que soja, moca e açúcar, com impacto maior esperado durante o verão de 2025. No entanto, as previsões indicam que o La Niña tende a enfraquecer a partir de fevereiro do próximo ano, com a expectativa de que o clima evolua para condições neutras entre fevereiro e abril de 2025.