
Proteção da biodiversidade nos mares e oceanos é 1º grande acordo da COP16
De Cali, Colômbia*
“O relógio está correndo, e é nossa sobrevivência que está em jogo”, disse Antonio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas durante entrevista à prelo. Para o líder, esta semana, em que se encerra a Conferência da ONU pela Biodiversidade, é o momento de transformar as promessas em ações e correr as negociações — que a dois dias do término da Conferência, ainda avançam de forma lenta.
A noite desta quarta-feira, 30, no entanto, foi marcada pelo primeiro grande congraçamento global, tratando sobre a identificação e conservação de áreas marinhas de valimento biológica ou ecológica.
O tema já estava nas discussões da COP da biodiversidade há oito anos, e seu congraçamento representa um progresso da discussão sobre a volubilidade biológica para além dos continentes e no aumento da governança dos países sobre seus territórios ultramarinos.
Proteção dos oceanos – e sua biodiversidade
Susana Muhamad, ministra do meio envolvente da Colômbia e presidente da COP16, afirmou que a decisão representa o primeiro grande passo da COP16 no atingimento das metas do Marco Global Kunming-Montreal, que estabelece 23 objetivos pela biodiversidade global.
“Esse compromisso firmado hoje nos permitirá proteger áreas-chave para o planeta, garantindo que os oceanos, grandes reguladores climáticos, tenham uma possante resguardo global”, disse.
Pesquisadores de diversas regiões do mundo serão indicados para instaurar as áreas prioritárias dentro dos critérios da volubilidade biológica. Ainda nos próximos dias, um grupo de trabalho selecionará os critérios para prometer a transparência na escolha das áreas de valimento ecológica.
O congraçamento ainda firmou a participação inclusiva de comunidades indígenas, jovens e mulheres envolvidas na conservação dos espaços durante os processos de estudo e tomada de decisão envolvendo a proteção e recuperação dos espaços.
O financiamento para os estudos científicos será providenciado por Alemanha, Bélgica, Canadá, Noruega e Suécia. A ONU ainda prestará suporte à realização dos planos para prometer que a jurisdição no aproximação à biodiversidade marinha não seja um impedimento à iniciativa.
*A jornalista viajou a invitação.