Homem é preso por esquema de fraudes

Na terça-feira (29/10), Thiago da Matta Fagundes foi recluso durante uma operação da Polícia Social de Goiás, que apura um esquema de fraudes imobiliárias e financeiras que causou prejuízos estimados em R$ 100 milhões a várias vítimas, incluindo instituições financeiras. A ação, realizada pela 4ª Delegacia Distrital, cumpriu oito mandados de procura e mortificação em Goiânia, Porangatu e Pindamonhangaba (SP).

A investigação teve início em seguida uma denúncia de uma das principais vítimas, que relatou ter sido enganada em um negócio de compra de uma herdade em Porangatu. Ela pagou o valor totalidade pelo imóvel e adiantou valores a Thiago para que ele quitasse dívidas associadas, mas ele não cumpriu os compromissos e contraiu novos empréstimos de R$ 16 milhões junto ao banco Sicoob, usando a herdade já vendida porquê garantia.

Isso impediu a vítima de registrar a escritura da propriedade em seu nome e a levou a buscar a Justiça para restabelecer a posse do imóvel. Thiago ainda bloqueou o entrada à herdade, utilizando pessoas armadas.

À medida que as investigações avançaram, a Polícia Social descobriu um esquema mais vasto de fraudes. Thiago, devido a restrições financeiras em seu nome, supostamente utilizava “laranjas” para formalizar contratos e obter empréstimos, ocultando sua participação nas operações.

Os laranjas, que foram alvos de procura e mortificação, facilitariam a movimentação de valores e a distribuição dos montantes, contribuindo para um esquema de lavagem de moeda que resultou em prejuízos significativos. Até o momento, foram identificadas cinco vítimas principais e diversos bancos.

Entre os prejuízos causados pelo esquema, está a empresa Multiplix Multissetorial Fundo de Investimentos, que foi enganada em R$ 10,2 milhões, aceitando porquê garantia um imóvel cuja certificado de matrícula havia sido adulterada. O suspeito teria agido da mesma maneira com a escritura pública de compra e venda de uma herdade avaliada em mais de R$ 100 milhões, conseguindo sacar tapume de R$ 10 milhões no banco Itaú.

Fazendeiros e pecuaristas também registraram perdas devido ao esquema. Um produtor rústico teria entregado ao suspeito milénio cabeças de mancheia no valor de R$ 5,7 milhões. Thiago teria pago a quantia com cheques que foram sustados e enviado o mancheia para o abate, sem nunca quitar a dívida por ele.

Durante as operações, a polícia apreendeu documentos, dispositivos eletrônicos e registros bancários que ajudarão a reconstruir o esquema e identificar outros envolvidos. Aliás, uma arma de lume proibido foi encontrada na posse de Thiago, resultando em sua prisão em flagrante. Uma caminhonete de sua propriedade também foi apreendida, com um contrato de locação que poderá ser crucial para a investigação de lavagem de moeda.

A Polícia Social divulgou o nome e a imagem de Thiago, para que novas vítimas possam ser identificadas.

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