ICQ, MSN, Orkut, Fotolog: por que essas redes sociais que bombavam nos anos 2000 acabaram

Se você foi jovem ou jovem adulto nos anos 2000, certamente tem boas lembranças de tardes inteiras gastas em frente ao computador, aguardando aquele “uh-oh” do ICQ ou as tremidas de tela do MSN

Antes que as redes sociais se tornassem sinônimo de stories e selfies, vivíamos em um mundo do dedo muito dissemelhante, onde até mesmo o simples ato de trocar mensagens tinha sua própria magia. Mas, assim uma vez que a voga das calças de cintura baixa, esses ícones da internet ficaram no pretérito. 

Com a possibilidade do X (ex-Twitter) trespassar do ar nas próximas horas, usuários aproveitaram para relembrar de outras redes sociais que dominaram a nossa atenção, mas que já não estão mais ativas. 

ICQ

The ICQ logo is being displayed on a smartphone with ICQ visible in the background in Brussels, Belgium, on June 24, 2024. (Photo Illustration by Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images) (Jonathan Raa/Getty Images)

Muito antes do WhatsApp, as pessoas usavam outras plataformas para conversar pela internet. O pioneiro nas conversas instantâneas online foi o ICQ, criado em 1996 pela companhia israelense Mirabilis e vendido ao AOL em 1998.

Além do ícone de flor, outro vista marcante do app era “uh-oh” do som de notificação a cada novidade mensagem. 

Em 2001, a empresa chegou a ter mais de 100 milhões de usuários cadastrados. Um dos principais diferenciais do ICQ era o número de identificação universal, o UIN (Universal Internet Number), que cada usuário tinha. 

O ICQ perdeu força em muitos países a partir da segunda metade da dez de 2000, principalmente por conta da subida do MSN Messenger, da Microsoft, e, posteriormente, do WhatsApp. 

A popularidade continuou, porém, em países do leste europeu. Em 2010, o programa foi vendido para a Do dedo Sky Technologies, dona do serviço VK, um clone russo do Facebook criado pelo fundador do Telegram.  Com a novidade empresa, a ICQ se tornou um concorrente direto do WhatsApp.

No Brasil, o aplicativo funcionou até meados do ano pretérito, quando a Justiça Federalista suspendeu a plataforma no país numa investigação de que o app era usado para a venda de pornografia infantil. A Polícia Federalista informou que a empresa não respondeu aos contatos e pediu pelo bloqueio. Neste ano, a empresa saiu do ar para todo o mundo.  

MSN

MSN Messenger

MSN Messenger (Reprodução)

Botão de invocar a atenção que fazia a tela tremer. Notificação sempre que um contato ficava online no programa. Winks e músicas no status. Estão aí algumas das funções nostálgicas do MSN, o programa de conversas instantâneas mais popular dos anos 2000.

O serviço de conversa da Microsoft nasceu em julho de 1999 para escadeirar de frente com o ICQ, e logo assumiu a liderança do setor, principalmente em países uma vez que o Brasil, onde foi um dos programas mais baixados da história. Em 2002, o MSN já tinha 75 milhões de usuários, mormente por culpa do login com a conta do Hotmail.

O MSN acabou em 2013 devido a uma combinação de fatores, incluindo a mudança de foco da Microsoft, o sucesso de outras redes sociais e a popularização dos celulares. Na era, começavam a popularizar plataformas uma vez que o Facebook Messenger e o próprio WhatsApp. A estratégia da empresa para continuar no setor foi no Skype, comprado um ano antes, mas o serviço não ficou tão popular uma vez que seus concorrentes.  

O término do MSN foi decretado de forma definitiva em 31 de outubro de 2014, quando os servidores do mensageiro foram desligados na China, último país em que ele funcionava. 

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Orkut

“Eu odeio estipular cedo”: comunidade icônica do Orkut era quase obrigatória (Orkut/Reprodução)

Outro grande sucesso no Brasil foi o Orkut, uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de janeiro de 2004 e desativada em 30 de setembro de 2014. Seu nome é originado no projetista director Orkut Büyükkökten, engenheiro turco da gigante de internet.

O meta inicial do Orkut eram os Estados Unidos, mas a maioria dos usuários eram do Brasil e da Índia. Por cá, a rede social teve mais de 30 milhões de usuários e chegou a ter um escritório próprio, devido à subida demanda.

Pela rede social era provável, por exemplo, declarar ser fã dos seus amigos, deixar testemunhos com declarações que apareciam na timeline deles e, ou por outra, dar e receber votos nas categorias cool, sexy e confiável, que também eram exibidos para todo mundo ver.

A rede social começou a perder força com a popularização do Facebook no mercado brasílio. Em 2011, a empresa de Mark Zuckerberg já tinha pretérito, em quantidade, o número de usuários da rede social do Google. Em 2013, o Orkut já tinha perdido 95% dos seus usuários no país. 

O Google encerrou o Orkut em 2014 para se destinar a outros produtos, uma vez que YouTube, Blogger e Google+, outro projeto que tentou funcionar uma vez que uma rede social, mas teve pouca adesão. Foi interrompido em 2019.

Fotolog

Homepage do site Fotolog

Homepage do site Fotolog (Reprodução/Fotolog)

Muito antes do Instagram, outra plataforma permitia aos usuários o compartilhamento de fotos e textos curtos: o Fotolog.

Lançado em 2002, o Fotolog foi uma das primeiras redes sociais, permitindo que usuários publicassem uma foto por dia, o que incentivava a geração de diários visuais. A plataforma ganhou enorme popularidade, mormente em países uma vez que Brasil e Espanha.

No auge de sua popularidade, o Fotolog tinha milhões de usuários, que utilizavam a plataforma não somente para compartilhar fotos, mas também para expressar suas identidades e produzir comunidades. Em 2008, por exemplo, a rede social tinha murado de 23 milhões de contas.

Mas, com a subida de novas plataformas mais dinâmicas e interativas, uma vez que Facebook, Instagram e Twitter, o Fotolog começou a perder usuários e relevância. A falta de inovação tecnológica e a incapacidade de se apropriar às novas demandas dos usuários acabaram contribuindo para o seu declínio.

Em 2016, o Fotolog foi desativado, marcando o término de uma era.

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