Futebol feminino perde para a Espanha, mas avança para as oitavas – ac24horas.com

A seleção feminina de futebol do Brasil perdeu por 2 a 0 para a Espanha, campeã mundial na modalidade nesta quarta-feira (31) pelo Grupo C dos Jogos Olímpicos de Paris. A situação da equipe ficou mais complicada depois a expulsão da principal jogadora brasileira, Marta, nos acréscimos do primeiro tempo. Marta levou cartão vermelho ao chegar atrasada em uma disputa de esfera e chutar a cabeça da espanhola Olga Carmona. A partida foi disputada na cidade de Bordeaux.

Os gols espanhóis foram marcados por Athenea del Castilho, aos 13 minutos do segundo tempo, e Alexia Putellas, já nos acréscimos. Com o resultado, o Brasil encerrou a primeira temporada na terceira posição do grupo, com somente 3 pontos conquistados na partida de estreia, quando venceu a Nigéria por 1 a 0. As brasileiras deixaram o campo torcendo por uma vitória dos Estados Unidos contra a Austrália, para prosseguir às oitavas de finais – o que acabou acontecendo, pelo placar de 2 a 1.

Ainda não está definido quem serão as adversárias das brasileiras na próxima temporada.

Domínio espanhol

A partida começou com as espanholas impondo seu jogo, com o primeiro chuto a gol logo aos 2 minutos. Desde o início do jogo, ficou nítida a estratégia do técnico brasiliano, Arthur Elias, de posicionar o time defensivamente, apostando em contra-ataques.

Aos 9 minutos, o Brasil quase abriu o placar em uma jogada pela direita, na qual uma esfera cruzada pela atacante Ludimila foi desviada pela zagueira Teresa Abelleira para, na sequência, maltratar na trave esquerda da goleira espanhola Cata Coll.

Perto dos 14 minutos, o Brasil leva susto ao tolerar um gol, corretamente anulado depois marcação de impedimento da jogadora Patricia Guijarro, ao amaneirar uma esfera para a cabeceada trágico de Lucia García.

Cruzamentos perigosos

A marcação nas laterais do campo de resguardo do Brasil não conseguia evitar os cruzamentos perigosos do time espanhol. Foram várias oportunidades de gol, a partir de jogadas alçadas na espaço brasileira.

O Brasil apresentava também dificuldades na ocupação do meio de campo, com jogadoras mal posicionadas durante as saídas de esfera, o que acabou resultando no controle da partida pelas espanholas que ocupavam ainda mais espaços graças à marcação em risca baixa, pelas brasileiras.

Aos 25 minutos, um bate-rebate quase resultou em gol espanhol por duas vezes, com duas bolas sendo salvas pela zaga brasileira. O primeiro chuto, da jogadora Laia, foi bloqueado por Antônia. No rebote, Eva Navarro chutou ao gol brasiliano, mas a esfera acabou não entrando depois ramal feito por Tarciane.

A Espanha continuava muito à vontade, com repetidos cruzamentos perigosos contra a espaço brasileira. O Brasil permanecia recuado, esperando oportunidades para contra-atacar, mas foi pouco efetivo em suas tentativas.

O juiz deu 7 minutos de acréscimos no primeiro tempo. No quinto minuto, o que já estava complicado ficou ainda mais difícil, com a principal jogadora do Brasil, Marta, levando cartão vermelho depois chegar atrasada em uma disputa de esfera e assestar com um chuto a cabeça da espanhola Olga Carmona.

Segundo tempo

No segundo tempo, a Espanha substituiu Eva Navarro por Salma Paralluelo e Lucía García por Mariona Caldentey. Assim porquê no primeiro tempo, a Espanha começou em ritmo potente, levando transe ao gol brasiliano já nos primeiros minutos, com um chuto que passou supra do travessão da goleira Lorena Leite.

A resposta brasileira veio aos 5 minutos do segundo tempo, com Ludimila perdendo boa oportunidade, ao chutar em cima da goleira Cata Coll. Na sequência, Kerolin perdeu outra oportunidade ao chutar fraco, para a resguardo da goleira.

O técnico brasiliano tentou dar novidade vida à seleção feminina substituindo Ludimila por Gabi Portilho, aos 9 minutos, e, na sequência, Tamires por Yasmim e Duda Sampaio por Jheniffer.

Na Espanha, Aitana Bonmatí entrou no lugar de Jenni Hermoso; e Alexia Putellas entrou no lugar de Patricia Guijarro. Mais tarde, devido a um choque que teve no nariz em uma disputa de esfera, a goleira espanhola foi substituída, entrando em seu lugar María Rodriguez.

Gol espanhol

Aos 13 minutos, interceptação feito pela espanhola Caldentey foi mal interceptado pela goleira Lorena e, no rebote, Athenea abriu o o placar. Mesmo com a vantagem, a Espanha manteve a postura ofensiva, levando transe à meta brasileira.

Aos 33 minutos, o Brasil perdeu a oportunidade que poderia ter mudado a história do jogo, com Ana Vitória fazendo um contra-ataque e demorando a acionar jogadoras em melhor exigência para finalização.

Aos 36 minutos da lanço final, novidade oportunidade para a Espanha ampliar o placar, mas a zaga brasileira conseguiu evitar o segundo gol da partida.

Amarelo para os treinadores

Os dois treinadores receberam cartões amarelos, quando a partida caminhava para a lanço final no tempo regulamentar. Arthur Elias, do Brasil, por reclamação. Já a técnica espanhola, Tomé, por atrapalhar uma cobrança de lateral pelo time brasiliano.

O juiz concedeu 16 minutos de acréscimo, boa segmento por razão dos atendimentos às duas goleiras. A Espanha manteve o domínio do jogo e, aos 12 minutos do tempo complementar, quase ampliou o marcador, mas a goleira do Brasil defendeu chuto potente de dentro da espaço, à queima-roupa, de Athenea.

Contundida, a lateral Antônia deixa o campo depois traumatismo no pé esquerdo. Com isso, o Brasil ficou com duas jogadoras a menos, uma vez que não era mais provável fazer substituições. Mesmo assim, em um suspiro final, a atacante Gabi Nunes quase marcou aos 15 da prorrogação. A cabeceada, no entanto, saiu fraca e nas mãos da goleira da Espanha.

Subjugado, o Brasil sofreu o segundo gol nos descontos. Um chuto disposto da jogadora Alexia Putellas, que havia entrado no lugar de Patricia Guijarro, estufou a rede brasileira, decretando o placar final da partida.



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