Neil Patel: IA deve ser usada para otimizar processos e não para gerar conteúdos de fato

Pioneiro no desenvolvimento de estratégias de informação e incremento no mercado do dedo, o britânico Neil Patel é um entusiasta do uso da lucidez sintético (IA) generativa por criadores de teor. No entanto, com base em sua experiência e nas muitas métricas analisadas, o profissional alerta que a tecnologia deve ser usada uma vez que uma instrumento para planejamento e otimização de processos, e não para a geração de teor propriamente dito.

De passagem pelo Brasil para palestrar no Hotmart Fire, festival de marketing, empreendedorismo e inovação que acontece há quase 10 anos em Belo Horizonte (MG), o responsável best-seller do The New York Times conversou com a EXAME sobre o impacto da IA na creator economy – mercado que hoje movimenta US$ 250 bilhões por ano, podendo atingir US$ 480 bilhões nos próximos quatro anos, de convénio com dados do Goldman Sachs Research.

“A IA generativa está democratizando a produção de teor porque, agora, qualquer pessoa pode produzir o seu próprio teor, em qualquer linguagem, em qualquer formato e com facilidade. Há até podcasts que são puramente criados por IA, por exemplo”, analisa Patel.

Há um problema, porém: a democratização, neste caso, também é generalista. Segundo o marqueteiro, conteúdos criados por IA ainda são “engessados” e sem personalização, o que afeta diretamente a conexão com o público.

“Essa é a questão: embora a IA esteja ajudando a produzir teor em volume, falta expertise, domínio e crédito para a tecnologia. Coisas que, quando você integra ao seu teor, o torna peculiar. Porquê humanos, fazemos esse trabalho muito melhor que a IA”.

Brasileiros podem se primar – se tiverem paciência

Entre suprimir a IA generativa do dia a dia ou utilizá-la para gerar 100% do teor, Neil Patel aconselha os criadores brasileiros a investirem no meio-termo. Para ele, a tecnologia pode ajudar influenciadores e marcas nacionais a dominarem o mercado global de teor. O Brasil, vale primar, é um dos países com maior número de criadores digitais do mundo: aproximadamente 20 milhões, de convénio com dados do relatório de Macrotendências da Creator Economy da Youpix.

“O mercado brasílio é ótimo. Vocês têm universidades incríveis, desenvolvimento científico e tecnológico, e tudo o que os outros mercados têm. Mas focar em um alcance global é o grande diferencial para um empreendedor hoje”, analisa.

A visão do fundador da NP Do dedo sobre o mercado pátrio é de alguém que conhece em detalhes o país. O público brasílio é o terceiro maior consumidor dos conteúdos do ‘guru do marketing do dedo’, detrás somente de Estados Unidos e Índia. A NP Do dedo tem um braço de atuação no Brasil, e o site solene de Patel, inclusive, oferece conteúdos em português.

É com conhecimento de culpa, portanto, que Neil Patel fala que a urgência em obter resultados, típica dos brasileiros, é o grande vilão dos negócios digitais do país. Segundo ele, “o brasílio é muito impaciente. Se o resultado não vem em quatro meses, ele já pensa em desistir. Mas tudo sempre acontece a longo prazo. Os criadores brasileiros têm um potencial incrível, mas é preciso ter paciência para ter resultados”.

Neil Patel (Divulgação)

3 formas de usar a IA dentro da economia criativa

1. Produção de teor em vários idiomas

A produção de materiais em qualquer linguagem é justamente uma das três dicas de Neil Patel para uso da lucidez sintético por criadores de teor brasileiros. “Já consumimos conteúdos em idiomas que, muitas vezes, não entendemos. Mas agora, você pode simplesmente me fazer falar português em um vídeo para o seu público usando somente uma instrumento de IA”.

2. Avaliação do negócio

Patel também indica usar a tecnologia para coleta de dados e análises do negócio. “É a segmento mais chata do trabalho e a maioria dos criadores não analisa os próprios dados, principalmente sobre o que está funcionando ou não em suas estratégias. A IA pode fazer isso por você muito mais eficiente e rápido, permitindo que você concentre seu tempo e virilidade nas coisas que geram quantia – o teor”.

3. Pesquisa para novas estratégias

Por termo: use a IA para fazer a sua pesquisa. “O que realmente ajuda um teor a ser diferenciado é uma boa pesquisa. Isso permite que você crie conteúdos de forma mais eficiente. Um exemplo: a IA pode indicar que o seu público prefere vídeos de 30 segundos e não de 1 minuto, o que impacta diretamente na sua estratégia de geração”.

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