Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

MANDEL NGAN

A algumas semanas das eleições presidenciais nos EUA, economistas apontam que incisão de juros pelo Fed pode engrandecer o otimismo dos consumidores

Mandel NGAN

A decisão do Federalista Reserve (Fed), o banco médio dos Estados Unidos, de trinchar suas taxas de juros pode aumentar o otimismo dos americanos sobre a economia e beneficiar a vice-presidente Kamala Harris em sua acirrada disputa pela Lar Branca contra o ex-presidente Donald Trump.

No entanto, os analistas não acreditam que a medida seja capaz de definir a votação.

Posteriormente a divulgação da decisão do Fed, que na quarta-feira baixou suas taxas de juros de referência pela primeira vez desde 2020 e optou por um poderoso incisão de meio ponto percentual, para a filete de 4,75% a 5,00%, Trump acusou o órgão de fazer política enquanto Kamala apontou uma “boa notícia” para os consumidores americanos.

Mas “as consequências [da decisão] para os consumidores serão bastante limitadas no pequeno prazo”, explicou à AFP Gregory Daco, economista-chefe da EY.

Os mercados já haviam antecipado esse movimento. E isso “já começou a fazer as taxas de juros caírem, sobre os créditos hipotecários por exemplo”, destacou, por sua vez, Nancy Vanden Houten, economista da Oxford Economics.

“Os consumidores já sentiam os benefícios da redução dos juros” antes da decisão do Fed, disse à AFP David Wessel, técnico em temas do banco médio americano para a Brookings Institution.

Desde 2022, o Fed vinha aumentando suas taxas para combater a inflação. Juros altos encarecem o crédito, desincentivando o consumo e o investimento, dissipando assim pressões sobre os preços. O incisão de quarta justificação o efeito contrário.

– Desemprego no meio –

Esta subtracção do dispêndio do quantia também visa evitar que o desemprego aumente.

Até a eleição presidencial em 5 de novembro, “talvez não vejamos uma enorme diferença nos dados econômicos”, mas sem incerteza haverá “um efeito positivo no ânimo dos consumidores”, destacou Vanden Houten.

Isso terá influência sobre eleitores indecisos, já que a economia é uma das principais preocupações dos votantes?

“Não é um incisão de 50 pontos-base nas taxas do Fed que determinará o resultado dessa eleição”, mas com pesquisas tão apertadas, um maior otimismo pode “provavelmente dar um pequeno impulso à vice-presidente”, observou Vanden Houten.

“Tudo o que ajudar a fazer com que [os eleitores] se sintam muito em relação à economia é um ponto positivo para Harris”, estima David Wessel, que, de qualquer forma, considera que a eleição não será decidida por esse oferecido.

– “Tarde demais” –

Os efeitos das decisões de política monetária demoram a ser vistos no dia a dia.

“Não acho que tenha influência sobre o resultado das eleições. O impacto sobre a economia é progressivo e modesto”, disse Daco.

Posteriormente o incisão pelo Fed, a Lar Branca comemorou o “momento de avanços” da economia americana.

A medida, porém, chega “tarde demais para afetar a economia antes das eleições”, afirmou em nota Diane Swonk, economista-chefe e diretora-geral da KPMG Economics. Mas “isso não impedirá que políticos dos dois lados joguem a culpa no Fed”.

“Eu acho que mostra que a economia está muito mal para reduzir tanto [as taxas], assumindo que não estão fazendo política”, declarou Trump em comentários televisionados de Novidade York em seguida o proclamação do banco médio. “A economia deve estar muito mal ou eles estão fazendo política. Uma coisa ou outra. Mas foi uma grande redução”, acrescentou.

O magnata é um fervoroso protector das taxas de juros baixas.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em sua coletiva de prensa que o banco médio americano considera somente a economia em suas decisões.

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