Farmacêuticos franceses fazem primeira greve em 10 anos

DENIS CHARLET

Farmácia fechada em Verquigneul, setentrião da França

Denis Charlet

Os farmacêuticos franceses fizeram nesta quinta-feira sua primeira greve em 10 anos, para reivindicar contra a escassez de medicamentos, o fechamento de farmácias e um projeto para flexibilizar as vendas na internet, além de reivindicarem salários mais altos.

Mais de 18 milénio das 20 milénio farmácias da França fecharam as portas hoje. Autoridades visitaram alguns locais, para prometer a cobertura mínima exigida por lei.

Trinta milénio pessoas no totalidade foram às ruas no país, segundo a Union de Syndicats de Fharmaciens d’Officine (Uspo) e a Federação dos Sindicatos Farmacêuticos da França (FSPF), o que representa seis vezes mais do que na última mobilização, em 2014.

Os profissionais estão preocupados com a escassez de medicamentos, o fechamento de farmácias em zonas rurais e a reforma da formação, além das remunerações e condições de trabalho.

“A maior preocupação é com o desaparecimento das farmácias”, que enfrentam dificuldades econômicas nas zonas rurais, e até nas cidades, ressaltou Philippe Besset, presidente da FSPF.

Em 10 anos, murado de 2.000 farmácias fecharam em todo o país. Restam murado de 20.000 em funcionamento, segundo os órgãos profissionais.

Um dos pontos mais polêmicos são os supostos planos do governo para facilitar a venda de remédios sem receita pela internet. “Todos os ingredientes estão reunidos para perfazer com a rede” de farmácias da França, que empregam um totalidade de 130 milénio pessoas”, disse Pierre-Olivier Variot, líder da Uspo.

O governo não questiona “o princípio de monopólio” das farmácias, nem “vai terebrar zero aos grandes supermercados, nem colocar medicamentos na Amazon”, afirmou à AFP o deputado Marc Ferracci, do partido do presidente galicismo, Emmanuel Macron.

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