
McDonald’s segue impactado por boicote vinculado à guerra em Gaza
Um manifestante segura um papeleta pedindo um boicote ao McDonald’s em Johanesburgo, em 15 de abril de 2024
MARCO LONGARI
A rede de fast-food McDonald’s indicou, nesta terça-feira (30), que seus resultados seguiram sendo prejudicados no primeiro trimestre por razão do conflito em Gaza, depois pedidos de boicote contra a empresa.
“O faturamento e os resultados do grupo continuaram impactados negativamente pela guerra no Oriente Médio”, indicou a gigante em um enviado. “Não prevemos uma melhora significativa (…) até que a guerra termine”, indicaram os diretores da empresa em uma áudioconferência com analistas.
O McDonald’s foi meta de críticas depois que sua franquia em Israel decidiu oferecer, em novembro, comida de perdão ao Tropa israelense.
A empresa anunciou em 4 de abril um negócio para comprar o grupo Alonyal, proprietário de 225 restaurantes em regime de franquia em Israel. Esse grupo administrava os restaurantes da rede há mais de 30 anos.
A rede indicou que o efeito do boicote também é sentido em países majoritariamente muçulmanos uma vez que Malásia e Indonésia, ou com grande população muçulmana uma vez que a França.
Tapume de 95% dos mais de 42.000 restaurantes localizados em 115 países são franquias que pagam royalties ao grupo depois comprar a licença da marca.
O grupo forneceu assistência “insignificante” na forma de abatimentos de royalties ou pagamentos diferidos a algumas franquias. Essa despesa foi mais do que compensada pelo aumento das vendas no Japão, na América Latina e na Europa.
A receita do grupo cresceu 5% no primeiro trimestre, chegando a US$ 6,17 bilhões (31 bilhões de reais), e o lucro líquido aumentou 9%, chegando a US$ 1,93 bilhão (9,8 bilhões de reais). O lucro por ação foi de US$ 2,70, 2% maior do que no mesmo período do ano pretérito, em risca com os US$ 2,72 esperados pelos analistas.
Em 2024, o grupo investirá entre 2,5 e 2,7 bilhões de dólares (entre 12,7 e 13,8 bilhões de reais), metade disso para penetrar novos restaurantes, mais de 2.100 locais no totalidade, dos quais 1.600 fora dos Estados Unidos.