Maioria dos brasileiros estão apreensivos com o clima e otimistas com a IA, diz estudo da Ipsos

A maioria dos brasileiros, 85% deles, acredita que o mundo caminha para um sinistro ambiental sem volta, caso as pessoas não mudem seus hábitos. Ao mesmo tempo, 73% dizem que a lucidez sintético vai facilitar seu trabalho.

Os dados foram revelados pelo estudo Ipsos Global Trends, um levantamento feito com base em mais de 50 milénio entrevistas em 50 países e apresentado em São Paulo na manhã desta terça, 29.

A pesquisa apontou 10 tendências globais para 2025. São elas:

  • Fraturas da globalização, vista porquê problema em alguns países
  • Sociedades fragmentadas (novas ideologias e movimentos políticos)
  • Convergência climática
  • Exalo com a tecnologia
  • Saúde consciente
  • Retorno aos modelos antigos
  • Novo niilismo
  • Poder da crédito
  • Fuga ao individualismo

Sobre clima, a pesquisa aponta que as mudanças climáticas impactam cada vez mais diretamente as pessoas, que passam a esperar um papel mais ativo das marcas e mais investimentos em energias renováveis.

Uma das perguntas da pesquisa era se os entrevistados concordavam com a frase que “estamos caminhando para um sinistro ambiental, a menos que mudemos nossos hábitos rapidamente”. No Brasil, 85% disseram concordar com a frase, diante de 80% na média global.

A preocupação com o tema aumentou no último ano: em 2023, 75% dos brasileiros disseram concordar com a frase. “Falar de ESG não é novo. A urgência do tópico é a novidade”, diz Luciana Benis, líder de curadoria da Ipsos Brasil. Ela lembra que nos últimos meses houveram graves problemas gerados pela crise climática no país, porquê as enchentes em Porto Prazenteiro e um apagão que afetou a cidade de São Paulo por vários dias.

Para 83% dos brasileiros, as empresas e marcas não fazem o suficiente pelo meio envolvente. E 85% defendem que o governo deveria ser mais rígido com empresas que causam danos ao envolvente.

Sentimento dúbio sobre a tecnologia

Os brasileiros têm uma visão dúbia sobre as vantagens da tecnologia. Dentre os entrevistados no Brasil, 73% dizem que a lucidez sintético vai facilitar seu trabalho, e 65% dizem esperar que a novidade tecnologia terá um impacto positivo no mundo.

“O Brasil é muito ingénuo à tecnologia em função da pobreza dos serviços que são oferecidos, mormente serviços públicos”, diz Marcos Callari, CEO da Ipsos Brasil. Isso ajudaria a explicar a ampla adesão dos brasileiros a aplicativos porquê WhatsApp e Instagram, cujas taxas de uso no país estão entre as maiores do mundo. Além do uso para lazer, essas plataformas ganham espaço para a compra de produtos e serviços e para resolver problemas do dia a dia.

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Por outro lado, 68% dizem temer que o progresso tecnológico esteja destruindo nossas vidas. Na média global, 57% concordam com a asserção.

“Há uma preocupação de que a tecnologia tenha ido longe demais, ou possa ir longe demais”, diz Juliana Chaves, diretora de inovação da Ipsos.

Os especialistas do Ipsos apontam que, por um lado, a IA já traz avanços reais, porquê ajudar em diagnósticos de cancro e varar tarefas burocráticas. Por outro, no entanto, o aumento do uso de IA em atendimentos tem tornado mais difícil o caminho para falar com uma pessoa real ao procurar uma empresa, o que gera incômodo nos clientes.

Volta ao pretérito

O estudo apontou ainda algumas tendências que mostram uma falta da crédito dos mais jovens no horizonte. Isso se traduz de várias formas, porquê um interesse maior em aproveitar o presente sem pensar no horizonte e um libido de volta ao pretérito.

Segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros diz ser importante aproveitar o hoje (62%) e que prefere viver o presente porque o horizonte é incerto (66%).

A pesquisa apontou ainda que 56% dos brasileiros disseram que gostariam que o país fosse porquê era antes, sem precisar um período específico.

O estudo aponta que o maior libido de voltar ao pretérito vem dos homens da geração Z, que tem menos de 30 anos. Esse perfil estaria se sentindo mais desvalorizado, pois o papel masculino está mais confuso, e tem defendido de forma maior posturas conservadoras, porquê a de que mulher precisa permanecer em lar.

“O papel do masculino está mais confuso. Os homens da geração Z acabam lutando para encontrar um propósito, têm um sentimento de solidão, falta de anseio profissional e de perspectivas para o horizonte. Aí eles acabam buscando referências no pretérito, inclusive no pretérito que não viveram”, aponta Chaves.

Esse movimento tem estimulado o lançamento de produtos com foco no pretérito, porquê filmes, séries e comidas, porquê chocolates e biscoitos que tinham saido de risca há décadas e estão retornando.

Por outro lado, a Ipsos aponta que as mulheres da geração Z estão mais animadas em relação ao horizonte, mormente por conta das políticas de inclusão e de progressão na curso.

O estudo aponta ainda uma ampla resguardo da pluralidade: 75% dos brasileiros disseram crer que o mundo seria melhor se houvesse mais mulheres na liderança e 77% apontam que pessoas trans deveriam ser livres para viverem suas vidas porquê quiserem.

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