China prepara pacote de US$ 1,4 trilhão para reanimar economia, diz Reuters

A China está considerando legalizar na próxima semana a emissão de mais de 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) em títulos para os próximos anos porquê forma de reanimar sua economia, num pacote que deve ser ainda mais reforçado caso Donald Trump vença as eleições de 5 de novembro.

De concordância com a Reuters, o principal órgão legislativo da China, o Comitê Permanente do Congresso Vernáculo do Povo (NPC), está buscando legalizar o novo pacote fiscal, incluindo 6 trilhões de yuans que seriam parcialmente levantados por meio de títulos soberanos especiais, no último dia de um encontro a ser realizado entre 4 a 8 de novembro.

O valor totalidade planejado equivale a mais de 8% do PIB da segunda maior economia do mundo, que foi duramente atingida por uma crise prolongada no setor imobiliário e pela dívida crescente das administrações locais.

Projecto ofensivo

Os planos de gastos sugerem que Pequim mudou a rota para um incentivo ainda maior para reanimar economia, embora ainda não seja a “bazuca” de 2008 que alguns investidores têm pedido.

O banco mediano anunciou no final de setembro as medidas mais agressivas desde a pandemia da COVID-19. O governo seguiu semanas depois sinalizando mais incentivo fiscal sem especificar detalhes financeiros do pacote, alimentando intensa especulação nos mercados globais sobre o tamanho dos novos gastos.

O momento da reunião do NPC, que coincide com a semana da votação presidencial dos EUA, oferece a Pequim maior flexibilidade para ajustar o pacote fiscal, incluindo o tamanho totalidade, com base no resultado da eleição, de concordância com a Reuters.

Pequim pode anunciar um pacote fiscal mais possante se Trump lucrar, já que seu retorno à Lar Branca deve intensificar as batalhas econômicas contra a China.

O candidato republicano prometeu impor taxas de 60% sobre as importações da China caso vencesse o pleito.

Pacote maior, mas suficiente?

O Comitê Permanente do NPC também deve dar sinal verdejante para a emissão de até 4 trilhões de yuans em títulos de propósito próprio para compras de terras e propriedades ociosas nos próximos cinco anos, segundo a Reuters.

Os governos locais teriam permissão para levantar esse valor além de sua quinhão de emissão anual, que financia principalmente gastos com infraestrutura. A quinhão ficou em 3,9 trilhões de yuans neste ano e 3,8 trilhões em 2023.

Se o Comitê Permanente do NPC legalizar essas emissões integralmente, ao invés de em etapas, ele poderá aumentar o tamanho totalidade do pacote para mais de 10 trilhões de yuans. Uma média de 2 trilhões de yuans em novidade dívida do governo mediano ressalta a urgência de Pequim para fortalecer a economia.

Ainda assim, os gastos planejados ficam aquém do implantado em 2008, quando os 4 trilhões de yuans de Pequim em incentivo fiscal em resposta à crise financeira global representaram 13% do PIB na estação.

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