A receita da Bayer no Brasil para crescer – ainda mais – na safra 2024/25, segundo o CEO

A Bayer, gigante do setor de defensivos e sementes, está habituada a trabalhar com fórmulas e com processos que demandam preparo e planejamento. Essas características são, inclusive, a principal aposta do CEO da companhia no Brasil, Márcio Santos, para o horizonte.

Embora os resultados específicos da operação brasileira não tenham sido divulgados, a empresa registrou um faturamento global de 24,91 bilhões de euros no primeiro semestre de 2024, marcando um incremento de 1% em relação ao mesmo período de 2023.

Na América Latina, o desempenho foi ainda mais significativo: a subdivisão agrícola da Bayer faturou 2,98 bilhões de euros, um aumento de 2,6%.

Em entrevista à EXAME, Santos destacou que, em 2024, começou a implementar um protótipo de gestão 100% focado no cliente, que considera o maior ativo da empresa, e que pretende intensificar essa abordagem em 2025.

A aposta ocorre em um cenário promissor para o setor, com uma safra projetada para percutir recordes. Segundo a Companhia Vernáculo de Provimento (Conab), o Brasil deve colher 322,47 milhões de toneladas de grãos na temporada 2024/25.

“Implementamos um novo protótipo operacional que reduz a burocracia interna e empodera as equipes regionais. Reabrimos escritórios regionais, que antes eram mais centralizados, e alocamos equipes diretamente no campo, do Setentrião ao Encerrado”, afirma Santos.

A gestão de Santos vem em um ano provocador para o agronegócio brasílico, caracterizado por margens reduzidas para o produtor e custos elevados. No entanto, as previsões para a safra 2024/25 são mais otimistas: projeções de algumas casas de estudo indicam margens ligeiramente melhores e uma recuperação para o cultivador brasílico, visão que também é compartilhada pela Bayer.

“Acreditamos que a próxima safra terá perspectivas melhores do que a anterior, o que é um sinal positivo para o setor agro”, destaca o CEO. “Apesar dos desafios climáticos, estamos confiantes de que será uma safra positiva.”

Recuperação judicial no agro

Mesmo com os recentes pedidos de recuperação judicial no setor de agronegócio, principalmente por secção de grandes distribuidoras de insumos agrícolas, a visão do CEO da Bayer, Santos, permanece otimista.

O executivo, que assumiu a operação no Brasil em janeiro deste ano, em seguida a saída de Malu Nachreiner, avalia que essas dificuldades são pontuais e não representam uma crise generalizada no setor.

Diante desse cenário, o CEO afirma que a Bayer reavaliou suas estratégias para prometer o incremento da empresa no Brasil e fortalecer sua posição no mercado.

“Temos três divisões no Brasil, e em algumas delas precisamos reavaliar o processo de alavancagem e ajustar nossas estratégias, tanto para os produtores quanto para os consumidores […] Apostamos em um protótipo operacional que vê essa novidade verdade porquê uma oportunidade de incremento ”, comenta Santos.

Outro fator que gera preocupações no setor é o clima, mormente em seguida os prejuízos na safra de soja 2023/24. A expectativa, no entanto, é de um novo recorde para a safra de soja, com a Conab projetando uma produção de 166,05 milhões de toneladas , consolidando a soja porquê a principal commodity do país.

Com foco no cliente, Santos defende que a Bayer tem um papel medial nas soluções para mudança climática no agronegócio. Segundo ele, a aposta da empresa no Brasil é a cultura regenerativa, setor em que a Bayer procura liderar com inovações – mais de 6,5 bilhões de euros foram investidos em P&D globalmente nos últimos 3 anos.

“Desenvolvemos tecnologias para facilitar o produtor a adotar práticas mais sustentáveis , porquê a calculadora de pegada de carbono. Nossa meta é aproximar ainda mais a Bayer do produtor, investindo em uma equipe capacitada para levar soluções de cimalha valor direto ao campo”, destaca o CEO.

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