Por dentro da oficina de clássicos da Jaguar Land Rover no Brasil

ITATIAIA (RJ) – Nem se imaginava isso cinco anos detrás: filiais brasileiras das montadoras notarem o cada vez mais suculento mercado de veículos clássicos, aquele que em 2019 movimentou R$ 32,6 bilhões, de congraçamento com uma pesquisa socioeconômica encomendada pela FIVA (Federation Internationale Vehicules Anciens) e executada pela JDA Research.

Onça Land Rover e Volkswagen são as exceções que notaram, e mesmo percorrendo caminhos distintos estão anos-luz avante das rivais.

A marca alemã apostou na emissão de certificados de originalidade, baseados em tapume de 6,5 milhões de registros que a empresa guardou dos carros que cá produziu. Acaba de lançar uma página de Instagram – a primeira de uma montadora no Brasil dedicada ao tema – e conduzirá também um podcast devotado ao universo dos clássicos da Volkswagen.

Para a obreiro inglesa, o negócio é reformar e restaurar veículos antigos, majoritariamente da Land Rover. Dentro dos 60 milénio metros quadrados da fábrica de Itatiaia (RJ), ocasião em 2016 para montar Evoque e Discovery Sport, um cantinho de 900 metros quadrados está reservado para sua Clínica de Restauração desde 2021.

É decorrência da expansão global do Onça Land Rover Classic, localizado na sede da companhia, em Coventry, Inglaterra – das quais embrião remonta a 2015, quando a Onça Land Rover anunciou durante a Techno Classica, tradicional evento boche de carros antigos, a partilha Heritage, destinada a amparar veículos fora de produção há mais de dez anos com serviços e peças originais. Além da unidade fluminense, há classic centers em Essen-Kettwig, na Alemanha, e em Savannah, nos EUA.

Três anos depois e com mais de 80 carros (sendo o primeiro deles um Tutelar 110 produzido em 1996) rejuvenescidos pelos seus serviços de mecânica e funilaria, a Clínica de Restauração decreta oficialmente o termo do soft opening e se reestrutura para invadir novos clientes. Até uma aconchegante sala foi providenciada para recebê-los.

“Quando a Clínica de Restauração foi lançada, tivemos muita demanda ao volta do Tutelar, e assim as peças começaram a sumir do mercado. Logo, essa reforma é basicamente um ramp-up (a temporada de início da produção de uma indústria) de peças, uma novidade organização para atender essa subida na demanda. Se aparecessem 15 ou 20 clientes, teríamos as peças disponíveis para entregar os carros dentro do prazo?”, explica José Paschoal, Supervisor da Clínica de Restauração.

Oferta de serviços

A oferta de serviços, com cinco itens atualmente, ficou melhor delineada: mecânica básica, mecânica técnica, reforma, restauração e customização. Exemplares dos Série 1, 2 e 3 e do Tutelar predominam, mas já começam a chegar donos de Discovery e Freelander em procura de cuidados.

A empresa tergiversa quanto aos preços dos serviços. “Temos uma base, mas depende muito do que o cliente quer e do estado do coche. Sabemos que nosso preço está supra do mercado, mas porque zero se compara a um padrão de fábrica. Nossas peças são genuínas, nossas ferramentas são originais e nossa mão de obra é especializada. A gente já tem funcionários cá com quase nove anos de empresa, muitos que trabalharam montando os carros em produção, fizeram diversas especializações e estão cá hoje”, justifica Paschoal.

“Não entramos nessa para competir com as restauradoras de mercado. Temos equipamentos que são impensáveis para elas, porquê cabines de pintura e estanqueidade, teste de rolos e pista de rodagem. São caríssimos de implementar”, acrescenta Pedro Gandini, Diretor de Manufatura da JLR. “Quem está buscando esse nível de qualidade pensa no valor de revenda do coche e no valor emocional, não se compara muito com o mercado”, avalia.

Quando o cliente solicita um upgrade, checam-se os protocolos de engenharia com a matriz, que guarda a documentação de cada protótipo.

“Hoje dá pra expor que alcançamos exatamente o mesmo padrão do que é feito na Inglaterra. Sem incerteza aprendemos muito nesses últimos três anos. A própria modelagem dos serviços, dos pacotes que a gente oferece, foi uma coisa que a gente aprendeu com eles”, explica Gandini.

O que Itatiaia ainda não oferece são os programas Works Bespoke, que instala motores V8 zero-quilômetro em Defenders catolicamente restaurados; e o Continuation, que reconstrói modelos de corrida da Onça dos anos 1950.

De congraçamento com Paschoal e Gandini, não há qualquer secção de um Land Rover que não possa ser restaurada ou recriada. Alguns fornecedores locais já chegaram a reproduzir peças (principalmente te aprimoramento) via sentimento 3D, mas o fluxo principal de suprimentos é importado da Inglaterra.

A Clínica de Restauração também não deixa de ser um via muito eficiente (e charmoso, convenhamos) de notícia e fidelização do cliente. “Tínhamos o parque industrial e o capital intelectual, e logo nos perguntamos: por que não metamorfosear tudo em construção de relacionamento com o cliente?”, revela Camila Mateus, Diretora de Marketing da JLR.

“Depois dessa temporada, a gente entendeu que sim, nós queremos entrar nesse mercado. E agora a gente vem de uma maneira muito mais estruturada e robusta dentro da notícia e dos processos para poder atender a todo mundo”, conclui a executiva.

Tudo começa com uma consultoria individualizada para captar os desejos dos clientes. E acaba com uma entrega formal do veículo retrabalhado. Uma vez que o do empresário Walter Schultz, um Tutelar 130 1997.

“Procurei a restauração de fábrica porque sou purista. Podem expor que é dispendioso, mas quanto custa o seu sonho?”, se justifica, antes de montar na picape e seguir para lar, em Goiás, onde planejará a primeira proeza com seu Tutelar restaurado. “Minha mulher quer ir para a Chapada dos Veadeiros, mas eu estou pensando no Jalapão. Será um dos dois”, revela.

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