Nicolás Maduro pede ao mundo que “respeite” resultado de eleição presidencial da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao mundo que respeite o resultado solene das eleições presidenciais de 28 de julho no país, que não foi reconhecido pela oposição e grande secção da comunidade internacional.

“Com a moral que temos, exigimos que o mundo não meta o nariz nos assuntos internos da Venezuela e respeite a soberania e a vida interna da Venezuela”, disse Maduro do lado de fora do palácio presidencial, em Caracas, diante de dezenas de apoiadores que se reuniram para tutorar o resultado divulgado pelo Parecer Vernáculo Eleitoral (CNE), que o declarou vencedor do pleito na quarta-feira, 28.

O presidente venezuelano insistiu que cabe às instituições do país resolver as discrepâncias políticas, fazendo menção à decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou o resultado anunciado pelo CNE – as duas instituições são controladas por aliados de Maduro.

“Hoje é um dia de vitória, de tranquilidade. Hoje temos que repetir, um mês depois da vitória do povo venezuelano sobre as correntes fascistas”, disse.

Ele alegou que, nos últimos 30 dias, o chavismo, movimento que governa o país desde 1999, travou uma “guerra pela verdade” e a venceu, porque o país está “em tranquilidade”, apesar de protestos pós-eleitorais e operações policiais que resultaram em mais de 2.400 prisões e 25 mortes, de combinação com fontes estatais, que não incluem o número totalidade de pessoas presas nas últimas semanas.

Maduro garantiu que chavistas foram às ruas “aos milhões em mais de 100 cidades da Venezuela”, em referência às manifestações que ocorreram em algumas regiões do país, também em prol de sua reeleição, segundo a emissora estatal de televisão VTV, que transmitiu algumas dessas manifestações.

No mesmo dia, a líder opositora María Corina Machado liderou um protesto no leste de Caracas, e protestos semelhantes foram realizados em algumas cidades do país e no exterior para repudiar a validação judicial da vitória de Maduro.

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