Paris fará homenagem à maratonista morta após ter o corpo queimado
Rebecca Cheptegei leva um saco de gelo ao rosto durante maratona nos Jogos Olímpicos de Paris
A maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei , que morreu posteriormente ter o corpo queimado pelo namorado , receberá uma homenagem em Paris. Nesta sexta-feira (6), a prefeita da capital da França, Anne Hidalgo, anunciou que uma instalação esportiva da cidade terá o nome da desportista olímpica.
“Ela nos deslumbrou cá em Paris. Nós a vimos. Sua venustidade, sua força, sua liberdade, e era com toda a verosimilhança, sua venustidade, força e liberdade que eram intoleráveis para a pessoa que cometeu esse assassínio”, declarou Hidalgo.
Rebecca, de 33 anos, foi atacada por seu namorado, chamado Dickson Ndiema, na noite de domingo (1º). Os vizinhos socorreram a maratonista, que estava em lar com suas duas filhas. Ela foi levada a um hospital da cidade de Trans-Nzoia County, cidade do Quênia que faz fronteira com a Uganda, com 75% do corpo queimado. Apesar da luta, a desportista não resistiu.
O caso gerou indignação no mundo do esporte, com diversos dirigentes do atletismo e ativistas dos direitos das mulheres condenando o assassínio e cobrando uma punição severa contra Dickson Ndiema.
O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou em uma mensagem na rede X “um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande desportista”. “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres”, afirmou.
Já a Confederação de Atletismo do Quênia, a ‘Athletics Kenya’, afirmou que “a morte prematura e trágica é uma perda profunda” e exigiu “o termo da violência de gênero”.
Curso
Campeã de diversos torneios na Uganda, a maratonista foi bronze nos Jogos Militares do Rio de Janeiro, em 2011. Nas Olimpíadas de Paris, realizadas entre julho e agosto deste ano, a desportista terminou na 44ª posição.
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