Azul renegocia com credores estruturação da dívida; ação cai 19%

A Azul vai restruturar a regeneração da dívida, processo que havia orientado ainda nos primeiros sete meses de 2023.

De pacto com notícia da dependência Bloomberg, a companhia aérea está explorando várias opções, que incluem uma oferta de ações, regeneração de dívida (particularmente envolvendo seus principais arrendadores de aeronaves e motores) e, potencialmente, um pedido de Chapter 11.

As notícias fizeram as ações derreterem nesta quinta-feira, 29. Às 15h12, os papéis recuavam quase 19%, para R$ 5,85, depois de reclinar, ao longo do dia, no menor perto do menor patamar desde o IPO de 2017.

Azul contratou o Citi, segundo a Bloomberg, para determinar uma oferta subsequente em conjunto com um pacto de companhia aérea, que pode envolver a compra da rival Gol.

De pacto com enviado publicado nesta tarde pela Azul, a notícia foi “mal-interpretada”. A empresa afirmou que, conforme já havia informado anteriormente na teleconferência do segundo trimestre, suas operações foram severamente impactadas em 2024 por diversos fatores.

Um deles é a desvalorização do real brasiliano, outro é a redução da capacidade doméstica uma vez que resultado das enchentes no Rio Grande do Sul em maio (com o aeroporto de Porto Jubiloso ficando fechado até outubro).

Outros dois fatores foram a redução temporária da capacidade internacional no primeiro semestre do ano e os atrasos nas entregas de novas aeronaves pelos fabricantes.

A companhia diz que desenvolveu um novo projecto estratégico, visando uma melhoria universal de sua estrutura de capital e posição de liquidez. Está em “negociações ativas com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity acordada no projecto de otimização de capital do ano pretérito”, explica.

“Em linhas gerais, os stakeholders estão demonstrando espeque e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes. Uma vez que temos demonstrado consistentemente, a Azul sempre favorece soluções amigáveis e comerciais que maximizam valor para todos os seus stakeholders”, afirma em nota.

A companhia destaca que tem capacidade suplementar de captação de recursos utilizando Azul Incumbência uma vez que garantia primária no montante de até US$ 800 milhões.

Outras fontes de liquidez também estão disponíveis, diz ao referir o projeto de lei legalizado ontem no Congresso, que permite que as companhias aéreas tenham aproximação a linhas de crédito recorrentes apoiadas pelo Fundo Pátrio de Aviação Social (FNAC).

A companhia afirma, ainda, que continua negociando com a Abra uma potencial transação com a Gol, embora nenhum pacto tenha sido festejado.

Abra, da Gol, negocia injeção de capital

A Abra, maior acionista da Gol, está perto de fechar um pacto para levantar US$ 1,3 bilhão em recursos da empresa de investimentos Castlelake para evitar o risco de inadimplência em seus títulos, também de pacto com a Bloomberg.

Pelo projecto, a empresa de investimentos refinanciaria os títulos garantidos da Abra com vencimento em 2028, que poderiam entrar em “default” depois a Gol ter levantado um empréstimo de falência uma vez que segmento de seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.

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