
Verra suspende projetos de crédito de carbono após operação policial
Verra suspende projetos de crédito de carbono posteriormente operação policial
Três projetos de créditos de carbono foram suspensos na Amazônia depois que a Operação Greenwashing, da Polícia Federalista, mostrou a relação entre os líderes das iniciativas supostamente “verdes” e esquemas de grilagem de terras e extração proibido de madeira. A Verra, certificadora do projeto – uma das maiores do mundo no mercado voluntário de carbono – anunciou a decisão em 10 de junho.
“A suspensão de uma conta é uma ação extraordinária que significa que nenhuma transação pode ser feita na conta, incluindo os créditos mantidos na conta, até que todos os problemas ou incertezas identificados tenham sido resolvidos”, declarou a Verra.
De tratado com a organização, a ação é uma medida preventiva e não indica qualquer julgamento dos envolvidos (leia a enunciação completa cá
).
“Acredito que a Verra esteja fazendo a certificação incorretamente”, disse à Mongabay o solicitador da Polícia Federalista Thiago Marrese Scarpellini, investigador-chefe da Operação Greenwashing, posteriormente o cumprimento dos mandados judiciais. “Mas não sei se a culpa é deles porque a empresa está sediada nos Estados Unidos e não sei se há grilagem de terras nos Estados Unidos. Mas nós temos cá. E se somos um mercado promissor [para créditos de carbono], eles terão que se ajustar a certas circunstâncias cá.”
Porquê foi a Operação Greenwashing
A Operação Greenwashing foi deflagrada em 5 de junho, duas semanas depois que a Mongabay publicou uma investigação
ligando os proprietários dos projetos a um suposto esquema de lavagem de madeira.
Os projetos Unitor, Fortaleza Ituxi e Evergreen foram desenvolvidos pela Carbonext e ocupam uma superfície quase duas vezes o tamanho do município de São Paulo, no sul do Amazonas. Entre os compradores doscréditos estão empresas porquê a corretora de créditos de carbono Moss, Gol, iFood, Itaú, Toshiba, Spotify e Boeing.
“Quando vejo as manchetes nos jornais, o Ministério Público e agora a Polícia Federalista entrando em campo, o que eles estão fazendo é sinalizar quais são os critérios de qualidade que precisamos nos projetos no Brasil”, disse Shigueo Watanabe Junior à Mongabay. Ele é técnico sênior em política climática no Instituto Talanoa, um think tank devotado à política climática.
Cinco pessoas foram presas na operação, incluindo Ricardo Stoppe, líder do grupo. A Polícia Federalista apreendeu R$ 1,6 bilhão em bens, além de dois aviões, carros de luxo e diversas joias.
De tratado com os investigadores, as áreas públicas invadidas estão avaliadas em R$ 820 milhões e o grupo está por trás da extração proibido de mais de 1 milhão de metros cúbicos de madeira, o equivalente a quase 5 milénio caminhões.
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