Novo filme de M. Night Shyamalan insere serial killer na cultura pop

Uma povaléu aguarda para ver uma diva pop nos palcos. No meio da plateia há alguém peculiar, mas não no bom sentido. Cooper (Josh ­Hartnett) é um serial killer que leva sua filha à apresentação e se vê em uma emboscada: na mira da polícia, ele descobre que o estádio está contornado, mas seu socapa ainda não foi revelado. E por isso está disposto a tornar o show um pesadelo.

É essa a aposta do diretor M. Night Shyamalan, indicado ao Oscar de Melhor Direção e Roteiro Original por O Sexto Sentido (1999). E ele não retorna sozinho: Saleka ­Shyamalan, sua filha e cantora em subida, encarna o papel estrela de Cilada.

De onde veio a teoria de um show com um serial killer?

Depois que minha filha terminou sua turnê mundial, ficamos nos perguntando se existia uma maneira de fazer um filme no qual os personagens estivessem realmente ouvindo a música. Não uma vez que um músico, mas uma vez que secção da história, uma vez que em Purple Rain (1984). Cheguei à desfecho de que poderia ser um suspense ambientado em um show. Eu a dirigi [Saleka] em alguns de seus videoclipes. Quando ela fez o teste, eu disse: “Minha filha, você realmente sabe atuar”.

Você se inspirou em qualquer caso real?

Além da conversa com Saleka, me inspirei em um incidente dos anos 1980, quando eu era muchacho. A polícia tinha montado um evento figurado, um Super Bowl, e anunciado nas rádios que havia ingressos gratuitos. Quando as pessoas foram retirar as entradas, os policiais colocaram todos dentro de um estádio e disseram que era tudo falso. Eles estavam detrás de pessoas procuradas. Fiquei com isso na cabeça enquanto escrevia Cilada.

Por que Josh Hartnett para o papel principal?

Eu quero que vocês fiquem surpresos com as coisas que estão vendo na tela. Esse elemento-surpresa inclui colocar pessoas novas. Foi assim com Dave Bautista em Batem à Porta (2023), James McAvoy em Fragmentado (2016). E Josh é um magnífico ator.

Você quer fazer do suspense sua assinatura pessoal ou há espaço para outros gêneros?

Eu não me vejo uma vez que diretor de terror nem de suspense. Eu toco esses dois gêneros ocasionalmente. Meu trabalho é ser harmónico com meus instintos. Nem sempre é fácil mourejar com essa proposta. Quando fiz A Visitante (2015), misturando comédia e terror, enfrentei muito vento contrário. Hoje, o terror tem vários lançamentos engraçados, e as pessoas adoram.

Cilada (2024) | 1o de agosto nos cinemas | Com Josh Hartnett, Saleka Shyamalan, Ariel Donoghue, Hayley Mills, Vanessa Smythe, Jonathan Langdon e outros

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