
Log vende galpão para FII do Pátria; margem fica próxima dos 50%
A Log acaba de anunciar a venda mais um galpão, dessa vez em Goiânia, com 42 milénio metros quadrados, para um fundo imobiliário do Pátria, o HGLG11, que pertencia com Credit Suisse, por R$ 135 milhões.
A transação labareda atenção pela margem bruta, que chegou a 47,4% — de longe a maior da sequência de desinvestimentos que a companhia vem fazendo desde o ano pretérito para financiar sua expansão com projetos greenfield.
Ao todo, a Log já vendeu R$ 765 milhões em ativos neste ano.
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Num cenário de juros elevados e ação a preços deprimidos, o projecto é financiar os R$ 900 milhões previstos em investimentos neste ano com a venda de ativos, que tem saído a cap rates cada vez mais atrativos, em meio à demanda por ativos de qualidade por segmento de fundos imobiliários.
Outrossim, a companhia tem conseguido segurar os custos construção, o que está aumentando o retorno sobre o capital investido e cândido uma boca de jacaré na rentabilidade das vendas.
“Para cada metro quadrilátero que eu vendo, eu consigo edificar um metro e meio”, disse o CEO Sérgio Fischer em entrevista recente ao INSIGHT.
Segundo ele, a Log pode continuar ainda mais no seu projecto de desinvestimentos anunciado, com segmento dos recursos voltados para recompras de ações. A empresa é avaliada com um desconto de tapume de 40% o valor dos ativos na bolsa.
A transação anunciada hoje tem uma estrutura de seller finance, em que o ativo é transferido no momento do fechamento, mas o pagamento acontece em parcelas. O FII vai remunerar 40% do valor no fechamento da transação, uma segunda parcela de 30% em abril e os outros 30% depois de doze meses do fechamento — nos dois últimos casos, com parcelas corrigidas pelo IPCA.
Neste ano, a Log está entregando 500 milénio metros quadrados em extensão bruta locável neste ano, completando a meta de 1,5 milhão de m2 de ABL em cinco anos. A meta é entregar mais 2 milhões de m2 em ABL entre 2025 e 2028.
As duas transações anteriores, para fundos do BTG e do Inter, tinham saído com margem bruta de 41%. Os tapume de R$ 1,2 bilhão em desinvestimentos no ano pretérito tiveram um indicador na vivenda dos 30%.