
Polícia realiza busca e apreensão na sede da Mancha Alvi Verde
Agentes realizaram operação na sede da Mancha Alvi Verdejante
A Polícia Social cumpre, na manhã desta sexta-feira (1), os mandados de prisão em procura de seis membros da Mancha Alvi Verdejante, e de procura e mortificação na sede da principal torcidada organizada do Palmeiras.
Em imagens que circulam nas redes sociais, é verosímil ver agentes arrombando o portão da sede da torcida. Além do imóvel próximo ao Allianz Parque, ocorrem ações de procura e mortificação em São Paulo, Taboão da Serra e São José dos Campos. Veja o momento inferior:
As autoridades buscam três veículos identificados na cena da emboscada contra a Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, que aconteceu na madrugada do último domingo, em Mairiporã (SP). Itens porquê roupas e armas que possam ter sido utilizadas no ataque, celulares e computadores também são procurados.
Os materiais apreendidos vão ser apresentados à Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), que é liderada pelo solicitador César Saad. Segundo Fernanda Herbella, delegada que coordena a operação, o principal objetivo é coletar o maior número de provas que ajudem nas investigações sobre o caso e prender os alvos envolvidos no transgressão.
Definidos na última quarta-feira, os pedidos de prisão foram feitos depois que envolvidos no ataque foram identificados por meio de vídeos gravados pelos próprios palmeirenses, além de câmeras da Guarda Social de Mairiporã. As imagens foram cruzadas com informações do banco de dados da Drade.
Entenda o caso
Na última quarta-feira (30), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão temporária, de 30 dias, do presidente da Mancha Alvi Verdejante, do vice presidente Felipe Matos dos Santos, e outros quadro integrantes da organizada: Leandro Gomes dos Santos, Henrique Moreira Lelis, Aurélio Andrade de Lima e Nélio Ferreira e Silva.
O TJSP expediu também oito mandados de procura e mortificação, incluindo a sede da Mancha Alvi Verdejante. Foi autorizado para que a polícia arrombe os imóveis, caso haja qualquer tipo de resistência quanto ao ingresso dos agentes nos locais. A quebra de dados telemáticos de apaelhos apreendidos nos locais das buscas também foi autorizada.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) confirmou em nota que a Mancha Alvi Verdejante, maior torcida organizada do Palmeiras, está proibida de frequentar estádios em todo o estado de São Paulo a partir desta quarta-feira (30). O pedido foi uma recomendação do Ministério Público por conta da emboscada.
Na madrugada do último domingo (27), torcedores do Palmeiras armaram uma emboscada contra cruzeirenses, que retornavam a BH posteriormente a partida contra o Athletico. Foram mais de 100 homens envolvidos no confronto, dois ônibus foram atingidos, e um deles incendiado.
Segundo a polícia, 18 pessoas foram encaminhadas ao hospital Criancinha Gabriel em Mairiporã. Outros três torcedores foram levados ao Pronto Socorro de Franco da Rocha. José Victor Miranda, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos e queimaduras, e faleceu.
No dia seguinte, a Mancha Alvi Verdejante divulgou uma nota negando que tenha planejado a emboscada.
“Queremos desde já deixar simples que a Mancha Alvi Verdejante não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de tapume de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de saudação e sossego que promovemos e defendemos”, disse a Organizada em nota.
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