OBS reconhece dificuldades na produção televisiva da cerimônia de abertura dos Jogos

François-Xavier MARIT

Vista universal do Trocadero, com a Torre Eiffel ao fundo, através de gotas de chuva caindo nas lentes da câmera, durante a cerimônia de introdução dos Jogos Olímpicos, 26 de julho de 2024

François-Xavier MARIT

Questionada sobre a transmissão da cerimônia de introdução para as emissoras de televisão, a unidade do COI responsável pela geração de imagens dos Jogos Olímpicos negou, nesta terça-feira (30), que o evento tenha sido um fracasso, mas reconheceu dificuldades ligadas à chuva e à dimensão do espetáculo.

“Em produções ao vivo de dificuldade semelhante, pode ter circunstâncias imprevistas, principalmente devido a condições meteorológicas adversas, porquê as da tarde de sexta-feira”, defendeu a OBS (Olympic Broadcasting Services) em um enviado escrito transmitido à AFP.

No entanto, a escritório de produção audiovisual do COI mostrou-se “extremamente orgulhosa da cobertura oferecida às emissoras de todo o mundo” para a introdução dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

No domingo, o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, afirmou que o diretor britânico Simon Staffurth “perdeu muitos momentos”.

Questionada pela AFP sobre o tópico, a OBS garantiu que unicamente uma das cenas previstas para o programa de quatro horas não foi incluída na transmissão.

Segundo a empresa, trata-se da passagem dos aviões da ‘Patrouille de France’ sobre o Grand Palais, inicialmente prevista no final da Marselhesa cantada pela mezzo-soprano Axelle Saint-Cirel.

No entanto, outra sequência em que a ‘Patrouille de France’ desenhou um coração de fumaça vermelha no firmamento foi registrada porquê estava planejado, afirmou a OBS, embora esta sequência tenha sido mira de críticas nas redes sociais.

“É verdade que devido às más condições climáticas o ilustração do coração não permaneceu idealmente no firmamento”, lamentou a empresa.

“Os programas ao vivo não são filmes e não oferecem o luxo de repetir tomadas, ter um timing perfeito, entender condições climáticas ideais ou fazer modificações na pós-produção”, argumentou a OBS.

Criada em 2001, a empresa é responsável por filmar os Jogos e fornecer as imagens às emissoras de televisão de todo o mundo que adquiriram os direitos de transmissão.

A cerimônia de introdução no Sena, a primeira fora de um estádio, foi, segundo a empresa, a maior cobertura ao vivo já realizada.

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