Lira deve decidir amanhã destino do projeto de anistia ao 8 de Janeiro e anunciar apoio a Hugo Motta

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve anunciar amanhã um contrato em relação ao projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Essa iniciativa é uma demanda dos bolsonaristas no Congresso, e Lira quer evitar que o tema contamine o processo de sua sucessão no comando da Mansão.

Antes de tomar uma decisão final, o presidente da Câmara se reunirá hoje com Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Lira apoia Hugo Motta na sucessão

Na terça-feira, 29, Lira também deve oficializar o suporte ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), uma vez que candidato à sua sucessão. No mesmo dia, Republicanos e PP lançarão oficialmente a candidatura de Motta. Lira prometeu ao líder do Republicanos uma solução ainda leste ano para o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.

Motta, que tem suporte sinalizado pelo PL e pelo PT, tenta encontrar um estabilidade na questão. De um lado, o partido de Jair Bolsonaro procura assinar a iniciativa; de outro, petistas querem barrá-la. Para se desvencilhar do tema, o deputado tenta fechar um contrato com Lira já nesta semana.

O projeto e suas implicações na CCJ

O projeto está previsto para ser discutido amanhã na Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ). A CCJ, que tem maioria de oposição, tende a assinar o texto, mas petistas ainda tentam impedir a votação. Existe a possibilidade de o projeto ser desfigurado, via emenda, para incluir a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro, objecto que atualmente não está claramente contemplado no relatório mais recente.

Líderes da Câmara ainda avaliam que o caminho do projeto depois a CCJ não está simples. Não há consenso sobre se um requerimento de urgência acelerará a tramitação, levando o texto diretamente ao plenário.

Relatoria do projeto e estratégia de Elmar Promanação

Há também incertezas sobre o papel de Lira na escolha do relator do projeto no plenário. Atualmente, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) é o relator, indicado por Elmar Promanação (BA), líder do União Brasil e candidato à presidência da Mansão. Com a falta de suporte de Lira para sua candidatura, Elmar mudou sua estratégia, buscando um conjunto governista com o PT e posicionando-se contra o texto relatado por Valadares.

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