Azeite mais barato em 2025? Preços devem cair pelo menos 20%, mas fraudes preocupam

Em seguida uma subida de quase 50% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE), os preços do óleo devem debutar a tombar a partir de 2025, projeta Leonardo Scandola, diretor mercantil da Filippo Berio, marca italiana de azeites na América Latina.

“A expectativa é de uma redução mínima de 20% nos preços já no início de 2025, com possibilidade de novas quedas ao longo do ano. No entanto, a demanda global e o câmbio serão fatores importantes a serem considerados”, afirma Scandola à EXAME.

O aumento nos preços foi impulsionado por uma severa seca que afetou as plantações de oliveiras na Espanha, na Grécia e em Portugal, três dos principais produtores mundiais de óleo, nos últimos dois anos. A expectativa é de que os preços comecem a tombar exclusivamente em 2025, quando a safra que está sendo colhida agora chegar ao mercado.

Na safra 2023/24, a Espanha, principal produtor mundial de óleo, colheu 850 milénio toneladas de azeitonas. Para a temporada 2024/25, o país deve colher entre 1,4 e 1,6 milhão de toneladas, de consonância com dados do Istituto di Servizi per il Mercato Agricolo Alimentare (ISMEA), compilados pela Percentagem Europeia.

“Os últimos dois anos foram impactados por condições meteorológicas adversas, que reduziram notavelmente a produção em toda a bacia do Mediterrâneo, devido principalmente às altas temperaturas e ao déficit hídrico causado pela falta de chuvas nos meses de verão, quando as azeitonas começam a se formar nas vegetalidade”, diz Scandola.

A safra 2024/25 promete ser muito profuso, com um aumento de volume estimado entre 50% e 60%, o que elevaria a produção global para 3,1 milhões de toneladas, 23% a mais que na última campanha.

Mesmo com a previsão de uma safra maior em 2024/25, o clima tem deixado os produtores em alerta, principalmente em regiões tradicionalmente produtoras, porquê a Itália, que deve ver sua produção tombar 32% devido à seca e ao estresse hídrico nas plantações.

“Leste é um dos efeitos das mudanças climáticas […] Para o porvir, será necessário investir em modelos que consigam reduzir o impacto dessas mudanças, privilegiando variedades de oliveiras mais resistentes à seca e investindo em tecnologia para prever e minimizar os déficits hídricos que caracterizaram as duas últimas safras”, afirma o diretor mercantil.

Óleo viciado

O aumento nos preços do óleo reduziu o consumo do resultado no Brasil. Dados de setembro da NielsenIQ mostram uma queda de quase 20% no consumo no país em 2024. Ou por outra, houve um propagação no número de fraudes envolvendo óleo.

No primeiro semestre de 2024, o Ministério da Lavoura e Pecuária (Planta) coletou 106 amostras de óleo de oliva no Brasil, das quais 30 foram desclassificadas por fraude. Segundo o ministério, as fraudes mais comuns incluem a soma de óleos vegetais, porquê o de soja, e o uso de corantes para simular a cor e a textura do óleo.

Somente no primeiro semestre de 2024, já foram apreendidos 97.660 litros de óleo fraudado, superando o volume totalidade apreendido em 2023, que foi de 82.986 litros. Entre 2021 e o primeiro semestre deste ano, o Planta apreendeu um totalidade de 478.965 litros.

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