Quem foi Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah que morreu em bombardeio israelense

O falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, considerado o varão mais poderoso do Líbano, vivia escondido desde a última guerra entre Israel e o movimento islamista em 2006. Mas, na sexta-feira, 27, o tropa israelense o localizou, resultando na sua morte em um bombardeio.

O Hezbollah confirmou neste sábado a morte de seu secretário-geral em um ataque israelense contra o subúrbio sul de Beirute, reduto do movimento pró-Irã.

Nasrallah: um líder na clandestinidade

Nasrallah, assassinado aos 64 anos, fez poucas aparições públicas desde a guerra entre seu movimento e o Tropa israelense em meados de 2006. O sítio de sua residência sempre foi mantido em sigilo.

Hassan Nasrallah em 2001 (AMMAR AMMAR /AFP Photo)

Apesar da clandestinidade, o líder da influente milícia xiita recebia visitantes, incluindo líderes de grupos palestinos aliados do Hezbollah, que publicaram fotos dos encontros.

Os jornalistas e personalidades que o encontraram afirmaram que foram levados pelo Hezbollah em veículos de segurança e com medidas de segurança reforçadas para um sítio difícil de identificar.

Influência política e literato de personalidade

Nasrallah discursava com frequência, e seus pronunciamentos, transmitidos ao vivo, eram acompanhados com atenção no Líbano, onde era considerado o varão mais poderoso do país. Primeiro do Hezbollah, ele decidia sobre guerra ou silêncio.

Para os seguidores xiitas, ele era objeto de um grande literato de personalidade, mas sua influência também se estendia às esferas políticas. Sua morte pode ter consequências para toda a região.

Um líder de transformação

Nasrallah liderava o Hezbollah desde 1992, quando sucedeu Abbas Musawi, morto por Israel. Sob sua liderança, o Hezbollah se tornou a força política mais poderosa do Líbano, com assento no Parlamento e no governo, além de dispor de um arsenal militar significativo, com 100 milénio combatentes e mísseis de subida precisão.

Dos pagers à guerra totalidade? Uma vez que conflito entre Israel e Hezbollah escalou em poucos dias

O Hezbollah é o único grupo que manteve suas armas depois o término da guerra social libanesa (1975-1990), alegando ser necessário para a “resistência contra Israel”, de quem Tropa se retirou do país em 2000, depois 22 anos de ocupação.

O conflito de 2006 com Israel, que durou 33 dias, consolidou a imagem de Nasrallah uma vez que líder, depois a morte de seu fruto mais velho, Hadi, em combate. Ao final da guerra, ele proclamou uma “vitória divina” e se tornou um herói no mundo arábico.

Críticas e envolvimento no homicídio de Hariri

No entanto, no Líbano, Nasrallah enfrentou críticas, principalmente depois o Hezbollah ser réu de envolvimento no homicídio do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri em 2005. Ele também foi criticado quando homens armados do Hezbollah assumiram brevemente o controle de Beirute em 2008.

Influência regional e conexão com o Irã

Em 2013, Nasrallah anunciou a mediação militar do Hezbollah na Síria para estribar o regime de Bashar al-Assad na guerra social. Ele desfrutava da crédito totalidade dos líderes iranianos e formou uma federação estratégica com Teerã, apoiando grupos uma vez que os rebeldes huthis no Iêmen e o Hamas na Palestina.

O Hezbollah, sob sua liderança, se tornou a “joia da diadema” dos aliados do Irã na região, compondo o chamado “eixo da resistência”.

Origens humildes e liderança

Hassan Nasrallah nasceu em 31 de agosto de 1960, em uma família modesta de nove filhos, no macróbio “cinturão de miséria” que cercava Beirute. Ele estudou teologia em Najaf, no Iraque, mas foi forçado a retornar ao Líbano durante a repressão xiita de Saddam Hussein.

Ao retornar, ele se juntou ao movimento xiita Amal, mas deixou o grupo durante a invasão israelense de 1982 para integrar o núcleo fundador do Hezbollah, com espeque da Guarda Revolucionária Iraniana.

Casado e pai de cinco filhos, ele falava farsi fluentemente.

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