Censo: 89,1% das crianças indígenas foram registradas em cartórios após o nascimento

O percentual de crianças indígenas brasileiras, com até cinco anos de idade, que possuem registro social de promanação lavrado em cartório é de 89,1%. Esse oferecido foi divulgado pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 4. O recenseamento mostrou, entretanto, que 5,42% dos povos originários dessa filete etária ainda não têm nenhum tipo de documentação.

Apesar de avanços nos últimos anos dentro das terras indígenas, os números permanecem aquém dos índices de outros grupos sociais. Entre a população universal, a taxa de pessoas registradas posteriormente o promanação é de 99,26%. No caso dos indígenas, esse número cai para 89,12% e, nas reservas, é ainda menor, com 85,53%.

Avanços desde o Recenseamento 2010

De harmonia com o IBGE, entre 2010 e 2022, houve avanços significativos em todas as parcelas populacionais. Em 2010, 97,32% das crianças com até cinco anos estavam registradas em todo o país. Entre os indígenas, o número era de 67,36%, com uma defasagem ainda maior entre aqueles que viviam em terras indígenas, com unicamente 61,29% das crianças registradas.

Mesmo com a melhoria observada, o problema persiste nos primeiros meses de vida. Entre os que se identificam uma vez que indígenas, unicamente 85,74% das crianças menores de um ano estão registradas, e nas reservas o índice é ainda mais preocupante: 80,70%.

Regiões com maior defasagem

Os maiores gargalos na documentação de crianças indígenas estão concentrados na região Setentrião, com destaque para Roraima, estado que apresenta a maior quantidade de indígenas sem registros civis. Em algumas áreas, o Registro Administrativo de Promanação Indígena (RANI), realizado por funcionários da Instauração Pátrio dos Povos Indígenas (Funai), ainda é utilizado uma vez que uma forma de reconhecimento.

Porém, o RANI não substitui a diploma de promanação, documento que garante aproximação a direitos civis. O Recenseamento 2022 mostra que o uso do RANI diminuiu, passando de 23,01% em 2010 para unicamente 4,97% em 2022.

Preço do registro social para crianças indígenas

O registro social de promanação é fundamental para prometer direitos básicos e a inclusão social das crianças indígenas, principalmente nas áreas mais remotas. Sem esse documento, essas crianças ficam vulneráveis e sem aproximação a serviços essenciais, uma vez que saúde e instrução.

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