Instituições financeiras elogiam indicação de Galípolo para a presidência do BC

Representantes de instituições financeiras elogiaram a decisão do governo de indicar o atual diretor de Política Monetária do Banco Médio (BC), Gabriel Galípolo, para substituir o presidente do órgão, Roberto Campos Neto.

Em nota, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, destacou o roupa de que Galípolo já faz segmento da diretoria do BC há mais de um ano, participando das discussões e decisões sobre política de juros.

“Galípolo teve um importante aprendizagem nessa passagem prévia pelo BC. Basta ver os posicionamentos públicos porquê diretor, em que tem demonstrado comprometimento com a meio da política monetária naquilo que é origem de um BC independente: manter a firmeza da moeda, requisito necessária para testificar o poder de compra, além de previsibilidade e segurança para os agentes econômicos tomarem decisões”, diz a nota da Febraban.

‘Qualidades comprovadas’

O presidente do Juízo de Governo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que “as qualidades técnicas de Gabriel Galípolo foram comprovadas” em sua atuação na diretoria do BC, da qual participa desde o ano pretérito.

“Nossa expectativa é que exercerá uma gestão vitoriosa em sua missão principal de manter a inflação sob controle, mas com a visão ampliada das circunstâncias de um Banco Médio que ocupa hoje papel mediano na formação da firmeza dos mercados. Com seu temperamento sereno, Galípolo exercerá papel decisivo para um Banco Médio tempestivo e responsável”, disse Trabuco, em nota divulgada pelo Bradesco.

Já o CEO do banco, Marcelo Noronha, avaliou que a indicação de Galípolo “confirma as melhores expectativas do mercado, dentro de um processo de transição realizado com segurança e tranquilidade. Será o segundo presidente do Banco Médio autônomo e com gestão independente ao procuração governamental”.

“Nossa expectativa é de uma meio sólida e robusta do Banco Médio, seja do ponto de vista técnico, seja em relação aos novos e complexos desafios que se impõe no contextura da regulação do sistema financeiro”, disse Noronha, segundo a nota.

Felicitações do BID

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-presidente do BC, Ilan Goldfajn também felicitou Galípolo pela indicação.

“Felicito a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Médio do Brasil. Tenho certeza da perpetuidade do trabalho fundamental do BC, instituição chave para a firmeza econômica e a base para o incremento sustentável do país. Sigamos trabalhando na boa parceria do BID com o BCB”, diz uma nota divulgada pela instituição multilateral.

Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, destacou o roupa de que o nome de Galípolo já era oferecido porquê evidente pelo mercado:

– O nome dele era o nome oriundo de ser indicado. O mercado, de forma universal, tem visto as suas declarações e seus posicionamentos porquê bastante técnicos.

Megale elogiou a confirmação do nome do porvir presidente do BC com certa antecedência:

– A cereja do bolo é esse proclamação com certa antecedência, sem surpresas, o que permite também uma transição suave. Diadema um período bastante reptador, bastante importante, da institucionalidade da política monetária brasileira, que teve uma turbulência externa importante, mormente por conta da polarização política, mas acabou prevalecendo o diálogo e a posição a posição técnica.

Repto

Para o economista Tony Volpon, que foi diretor da mando monetária na reta final do governo Dilma Rousseff, de 2015 a 2017, uma subida de juros logo no início da gestão de Galípolo pode se tornar inevitável. Até por isso, o ex-diretor avalia que talvez a antecipação da indicação do porvir presidente do BC não tenha sido boa teoria, pois Galípolo já será tido porquê o presidente imediatamente e recairá sobre ele as decisões, quaisquer que sejam.

– Temos um presidente que é meio pato mando. Agora a responsabilidade é meio dele, né? Quer expressar, todo mundo, no próximo Copom, vai olhar para o voto dele – afirmou Volpon ao GLOBO. – Se tivessem esperado, deixariam para o Campos Neto o ônus de subir os juros.

Na avaliação de Volpon, o “grande trunfo” de Galípolo (a proximidade com o governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva) é também sua maior “fragilidade”, porque mina sua credibilidade perante o mercado.

‘Dilema monetário’

Ainda de manhã, antes de o ministro Haddad anunciar a indicação de Galípolo para substituir Campos Neto, Volpon chamou a atenção, numa postagem nas redes sociais, para o que chamou de “dilema monetário”.

Esse dilema pode ser expresso em duas diferenças: uma, entre a inflação manante no aglomerado em 12 meses (em torno de 4,0%, quando se consideram os “núcleos”, ou seja, os preços que variam menos) e as expectativas de analistas de mercado (em 3,5% ao ano); outra, entre as expectativas e a meta perseguida pelo BC (em 3,0% ao ano).

Segundo Volpon, o nível atual da Selic deveria ser suficiente para encolher a inflação manante, já que a taxa está elevada o suficiente para esfriar a demanda na economia, mas, para sustar a diferença nas expectativas, a taxa básica teria que subir mais.

Essa diferença tem a ver com credibilidade. Se um economista com credibilidade perante o mercado, porquê o ex-presidente do BC Ilan Goldfajn, hoje avante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), fosse indicado para o lugar de Campos Neto, a diferença entre as expectativas e a meta desapareceria, escreveu Volpon.

Sem um nome com tanta credibilidade, a Selic teria que subir. “O governo não está nomeando Ilan para o BC, mas sim o Gabriel Galípolo, que não goza da mesma credibilidade. Assim, enquanto a Selic atual deve fechar o primeiro spread (a inflação manante deve desabar) o roupa que o segundo spread ainda ficará positivo implica que a inflação, nas melhores das hipóteses, deve ir para onde hoje estão as expectativas, e não a meta”, diz o post de Volpon.

Por isso, segundo o economista, a única saída para o porvir presidente do BC será subir os juros. “Se GG (Gabriel Galípilo) quiser gozar da mesma credibilidade que o IG (Ila Goldfajn), ele terá que provar a capacidade de gabar a Selic até o patamar necessário para fechar o segundo spread. A partir deste ponto ele poderá trinchar a Selic em direção ao seu nível neutro na medida que a inflação manante converge para a meta. Esse é o duelo que GG terá a partir de sua nomeação”, concluiu Volpon.

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