Conselho de Segurança da ONU prorroga mandato de missão no Líbano

O Juízo de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira a renovação por mais um ano, até 31 de agosto de 2025, da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), em um dos momentos mais tensos vividos na região de sua instalação, com uma troca quase diária de ataques entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.

O texto para prorrogar o procuração da UNIFIL, que inclui um apelo à sossego e à cessação das hostilidades, recebeu uma unanimidade incomum, com todos os países votando em prol do documento proposto pela França.

A UNIFIL, criada em 1978 para manter a sossego na “traço azul” (a fronteira não reconhecida entre Israel e Líbano), é atualmente liderada pelo espanhol Aroldo Lázaro e conta com 10.031 oficiais de 49 países, sendo que os maiores contribuintes são Indonésia, Nepal, Gana, Malásia e Espanha com 677 soldados.

A unanimidade da votação não esconde a altíssima volatilidade da região desde o prelúdios da guerra na Fita de Gaza, que resultou em uma metódico troca de tiros entre Hezbollah e Forças de Resguardo de Israel (FDI), e que atingiu seu “pico” de tensão em 30 de julho, quando Israel assassinou o principal líder militar do grupo xiita, Fuad Shukr, em um bombardeio no apartamento onde estava hospedado em Beirute.

Pouco antes da votação, o novo legado de Israel na ONU, Danny Danon, tomou a vocábulo para fazer uma aviso ao governo libanês, o qual acusou de conluio com o Hezbollah: “Enfrente o Hezbollah agora ou corra o risco de ver seu país arrastado para o caos e a ruína”.

“Israel não quer guerra”, acrescentou, mas se o governo libanês não agir contra a milícia xiita, “a devastação que virá estará em suas mãos”.

Danon fez a aviso antes de pedir ao Juízo que declare o Hezbollah uma organização terrorista.

Dentro do Juízo, as palavras de Danon foram repetidas por EUA, que, por meio do legado apenso Robert Wood, advertiu: “O Líbano não deve ser um santuário para organizações terroristas ou uma plataforma de lançamento para ataques contra Israel. Não há incerteza de que o Irã fornece ao Hezbollah a maior secção dos foguetes, mísseis e drones que são dirigidos contra Israel”.

“Sejamos claros: Israel tem o recta de se tutelar contra os ataques do Hezbollah. Nenhum membro deste Juízo que esteja enfrentando um grupo terrorista em sua fronteira toleraria ataques diários e o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas”, enfatizou.

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