
Quem é Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas preso na Espanha
A Polícia Federalista começou nesta quinta-feira (27/6) a Operação Disclosure, para prender Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas, e Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora. Eles são acusados por uma fraude que causou um rombo de R$ 25 bilhões na empresa. Reprodução: Flipar

Já se sabe que Miguel e Anna Christina estão no exterior. Por isso, os dois foragidos são procurados pela Interpol, a Polícia Internacional. Seus nomes estão sendo incluídos na Espalhamento Vermelha da entidade, ou seja, a lista dos mais procurados do mundo. Reprodução: Flipar

O rombo nas Lojas Americanas causou assombro na estação em que foi divulgado, no primícias de 2023. A empresa teve que mudar seu quadro de executivos em procura de uma solução. Reprodução: Flipar

O projecto de recuperação das Americanas para transpor do atoleiro passou a ser orientado pelo economista Leonardo Coelho, uma das referências em gestão de crise. Depois de trabalhar por 13 anos na subsidiária brasileira da Siemens, ele se tornou profissional em salvar empresas ao atuar no escritório de reestruturações Alvarez e Marsal. Reprodução: Flipar

Os sócios proprietários das Lojas Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – injetaram do próprio bolso R$ 3,5 bilhões para prometer pagamentos num momento em que as vendas no site caíram mais de 80% e as linhas de crédito foram interrompidas por falta de crédito na regeneração da companhia. Reprodução: Flipar

As Americanas quitaram as dívidas com credores trabalhistas e com pequenos e microempreendedores. Essa primeira lanço de pagamentos totalizou R$ 4 bilhões. “O início da período de pagamentos destrava a regeneração financeira, com a retomada de prazo junto aos fornecedores”, afirmou a Americanas numa nota à prensa na estação. Reprodução: Flipar

Em fevereiro de 2024, a Justiça do RJ aceitou proposta de empréstimo à Americanas feita pelo trio de donos – Lemann, Telles e Sicupira – para prometer um capital de giro à empresa. A empresa anunciou, na estação, que 130 das 1.700 lojas no Brasil foram fechadas e 800 vagas extintas — entre demissões ou não reposição de funcionários que pediram para transpor da empresa. A companhia mantém 35 milénio funcionários. Reprodução: Flipar

Na Páscoa de 2024, as Americanas divulgaram que a dívida havia derribado de espantosos R$ 43 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Ainda muito subida, mas indicando uma recuperação com a novidade gestão. A empresa festejou um faturamento de 1 bilhão de reais na Páscoa, mostrando que os esforços para manter a clientela têm sido produtivos. Reprodução: Flipar

As investigações começaram logo depois da divulgação do rombo. Segundo a Polícia Federalista a fraude maquiou os resultados financeiros da empresa para indicar um falso aumento de caixa e alavancar as ações das Americanas na Bolsa de Valores. Os executivos ganhavam bônus milionários por desempenho e obtiam lucros na venda de ações infladas. Reprodução: Flipar

Os responsáveis vão responder por manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de verba. Em caso de pena, eles podem pegar até 26 anos de masmorra. Reprodução: Flipar

A força-tarefa montada para investigar a fundo o esquema do golpe teve, além da Polícia Federalista, procuradores do Ministério Público Federalista e representantes da Percentagem de Valores Mobiliários. A governo do Grupo Americanas também contribuiu passando todas as informações disponíveis sobre a situação da empresa. A atual gestão procura o ressarcimento pelos danos e prejuízos. Reprodução: Flipar

O projecto de recuperação das Americanas tem quatro fases: vedar a crise Reprodução: Flipar

A fraude nas Americanas foi denunciada pelo ex-executivo da empresa Sérgio Rial em janeiro de 2023. Na ocasião, ele informou que o rombo seria de R$ 20 bilhões e tinha sido revelado porque o valor referente à contabilidade dos nove primeiros meses de 2022 e de anos anteriores não havia sido registrado de forma correta na corporação. O rombo foi encontrado no setor de fornecedores da empresa. Reprodução: Flipar

A notícia causou espanto, pois a empresa era uma das maiores do país. Em 2015, as Americanas ocupavam a quarta posição no ranking do IBEVAR – Instituto Brasílio de Executivos de Varejo Reprodução: Flipar

A surpresa foi tão grande que logo surgiram memes indagando uma vez que ninguém percebeu antes um rombo daquele tamanho? Depois, divulgou-se que, na verdade, o rombo era ainda maior. Dívida de mais de R$ 40 bi. Reprodução: Flipar

O impacto foi tão negativo que, na ocasião, a Mundo se apressou para substituir as Americanas pelo Mercado Livre uma vez que patrocinador do Big Brother Brasil. Reprodução: Flipar

No dia 17/5/2023 foi instalada a CPI das Lojas Americanas na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas isso causou mais confusão do que efetividade nas investigações. Em setembro, a percentagem anunciou que concluiu a apuração e que não tinha provas contra eventuais culpados pela fraude. E a polícia prosseguiu com seu trabalho. Reprodução: Flipar

Na estação da divulgação da crise, muitas pessoas ficaram com temor de fazer compras nas Americanas e não receber os produtos. O receio era, principalmente, com negócios pela internet. Mas o Instituto Brasílio de Resguardo do Consumidor informou que não havia premência de evitar as compras. E que a empresa estava comprometida a fazer as entregas nos prazos corretos. Reprodução: Flipar

As ações das Americanas despencaram por motivo da crise. E a empresa entrou com o processo de recuperação judicial, que incluiu, em maio de 2023, o proclamação da venda da Hortifruti Originário da Terreno. Reprodução: Flipar

A empresa Americanas S.A. (anteriormente Lojas Americanas S.A. e B2W Do dedo S.A.) foi fundada em 1929 em Niterói (RJ) pelo austríaco Max Landesmann e os americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger. Reprodução: Flipar

A empresa cresceu de forma impressionante e, na estação da fraude, tinha mais de 3.800 estabelecimentos físicos de venda em todo o Brasil, além de quatro e-commerce. O padrão tradicional de Lojas Americanas ocupa uma espaço média de vendas de 1.500 m² e catálogo de 60 milénio itens. Reprodução: Flipar

A empresa também se adaptou ao mercado com lojas de outros tipos. As Americanas Express, por exemplo, passaram a ser compactas, com média de 400 metros quadrados de espaço de vendas e catálogo de 15 milénio itens. Reprodução: Flipar

A empresa também criou a Americanas Sítio, sistema inaugurado em 2016, num formato de loja de conveniência, com tamanho reduzido e produtos alimentícios selecionados. Reprodução: Flipar

Pela internet, as vendas são feitas no site Americanas.com, e, além de negociar os produtos da própria rede, a companhia também tem parceiros que anunciam as mercadorias por intermédio da companhia. Reprodução: Flipar