Cresce em 35% o número de jovens que não estudam nem trabalham

shutterstock

Brasil tem 5,4 milhões de jovens que não estuda nem trabalha

Um relatório do Ministério do Trabalho, divulgado nesta manhã de terça-feira (28), revela um aumento significativo no número de jovens que não estão envolvidos em estudos, trabalho ou na procura por ocupação, os chamados “nem-nem”. No primeiro trimestre de 2023, o Brasil contava com 4 milhões de jovens nessa situação, entre 14 e 24 anos. No entanto, esse número saltou para 5,4 milhões no mesmo período deste ano, representando propagação de 35%. 

Muro de 60% desse grupo são mulheres, muitas delas com filhos pequenos, enquanto 68% são negros, conforme aponta o estudo. Os números foram divulgados durante o evento “Empregabilidade Jovem” promovido pelo Núcleo de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo (SP), pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner.

Para Montagner, esses números ainda refletem os impactos da pandemia de Covid-19, mormente devido ao papel de desvelo que muitas mulheres desempenham na sociedade.

“Muitas mulheres ficaram um tempo fora do mercado na pandemia e encontraram outras alternativas. Muitas até anteciparam a gravidez. Elas cuidam de parentes, têm atividades que são socialmente valorizadas, mas não estão no mundo do trabalho”, afirma.

Esses jovens representam 17% da população brasileira, a maioria deles (39%) reside na região Sudeste, com metade desse transitivo localizada no estado de São Paulo. A estudo dos dados da PNAD Contínua do IBGE mostra que a taxa de participação desse grupo no mercado de trabalho ainda não retornou aos níveis pré-pandemia, permanecendo em 50,5% no primeiro trimestre deste ano, em confrontação com 52,7% em 2019.

Outrossim, a pesquisa aponta predominância do mercado informal entre os jovens ocupados. Do totalidade de 14 milhões de jovens trabalhando, 45% (6,3 milhões) estão no mercado informal. A pesquisa destaca que unicamente 12% desses jovens ocupados estão em ocupações técnicas, culturais ou ligadas à informática e comunicações, com menor taxa de informalidade.

Esses jovens, em sua maioria, estão envolvidos em ocupações de baixa qualificação ou remuneração, uma vez que trabalhadores de controle de provimento e estoques, caixas, vendedores de loja, entre outros.

Por outro lado, o relatório aponta um aumento no número de aprendizes e estagiários, sugerindo uma verosímil mudança nesse cenário. Entre 2011 e 2024, o número de aprendizes dobrou, totalizando 602 milénio, enquanto os estagiários aumentaram em 37%, chegando a 877 milénio em 2024.

Já os estagiários eram 642 milénio em 2023 e são 877 milénio em 2024, um propagação de 37%. Mais da metade (51%) atua em empresas privadas, enquanto 40% atua no setor público, principalmente na gestão pública (30%) e Justiça (7%).

Outrossim, menos da metade (46%) dos estagiários declara receber bolsa-auxílio ou salário de contratação. O valor médio no país varia de R$ 712 a R$ 1.314, a depender da jornada de trabalho.

Quer permanecer por dentro das principais notícias do dia? Clique cá e faça segmento do nosso meato no WhatsApp

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios