Rock In Rio: ao menos 8 toneladas de alumínio usado no festival serão recicladas

A edição deste ano do Rock In Rio, marcada pela celebração dos 40 anos de um dos maiores festivais de música do país, também foi privativo pela sustentabilidade no evento. Os catadores da Rede Movimento, em parceria com a ANCAT (Associação Vernáculo dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), reciclaram mais de 8 toneladas de latas de alumínio.

A ação foi realizada com o suporte da Novelis, companhia global de laminados e reciclagem de alumínio. No entanto, o trabalho ainda não acabou, uma vez que segmento dos resíduos continua em estoque aguardando o processamento, o que pode aumentar a quantia reciclada ao termo do festival.

Tecnologia em procura da economia circunvalar

Uma das ferramentas que ajudou a prometer a logística reversa no festival foi o blockchain, tecnologia de compartilhamento de informações que garante a rastreabilidade dos materiais recicláveis. A estratégia foi aplicada pela startup Reutiliza Já, buscando a transparência no processo de circularidade dos materiais.

De conciliação com dados da ANCAT e da Reutiliza Já, o reaproveitamento do alumínio coletado durante o festival pode evitar a extração de até 40 toneladas de bauxita, o minério utilizado na produção do alumínio primordial. Para a associação, o protótipo contribui para manter o índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil supra de 95%.

O Rock In Rio, que teve seu termo no último final de semana, aconteceu entre os dias 13 e 22 de setembro e movimentou mais de 730 milénio pessoas no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro.

Prisão do alumínio

Para Gustavo Faria, gerente sênior de negócios de metal da Novelis para a América do Sul, a parceria entre a Novelis, a ANCAT e os catadores foi fundamental para prometer a circularidade do material consumido no festival. “Trabalhamos para que o material consumido seja reciclado e volte à enxovia produtiva de forma eficiente. Esse protótipo de atuação garante que o alumínio continue sendo um dos materiais mais reciclados no Brasil, com índices que se mantêm entre os mais altos do mundo”, explica.

Roberto Rocha, presidente da ANCAT, também ressalta a preço dos catadores no sucesso da operação. No totalidade, mais de 100 catadores participaram do processo, desde a triagem até a rastreabilidade dos materiais, possibilitando que o alumínio retorne para a enxovia. “Os catadores e catadoras são fundamentais para o sucesso desse trabalho, garantindo não só uma subida recuperação dos materiais, mas também a qualidade do processo”, afirma.

Depois a coleta no evento, o alumínio será separado e prensado antes de ser enviado ao meio de coleta da Novelis em São Gonçalo (RJ). A companhia explica que de lá, segue para a fábrica de Pindamonhangaba (SP), onde será reprocessado e reintegrado à enxovia produtiva.

A utilização de blockchain e a atuação dos catadores são marcos importantes para o porvir da reciclagem no Brasil. O protótipo de reciclagem no Rock In Rio destaca a preço da inovação e da ação comunitária para a sustentabilidade.

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