Israel recusa trégua, um segundo brasileiro morre e bombardeios avançam no Líbano

O governo israelense rejeitou na quinta-feira uma proposta de cessar-fogo de 21 dias elaborada pelos Estados Unidos e França, que visava interromper os ataques entre Israel e o Hezbollah. A proposta, apresentada em seguida discussões na Organização das Nações Unidas (ONU), tinha o objetivo de evitar uma escalada do conflito, que já deixou centenas de mortos no Líbano. No mesmo dia, um segundo brasiliano morreu no conflito.

Nesta sexta-feira, 27, um segundo ataque teria matado nove pessoas da mesma família na cidade fronteiriça de Shebaa, no sul do Líbano, incluindo quatro crianças, segundo enunciação do prefeito Mohammad Saab à Reuters. O Tropa de Israel afirmou que as forças do país atacaram 75 alvos do Hezbollah no dia anterior. Em 24 horas, 92 pessoas morreram e outras 153 ficaram feridas, de entendimento com informações do Ministério da Saúde libanês.

Mesmo com os apelos internacionais, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, foi evidente ao declarar que não haverá cessar-fogo no setentrião do país. Segundo ele, o foco de Israel é continuar combatendo o Hezbollah até que a segurança dos moradores das regiões fronteiriças seja restaurada.

Na quinta-feira, um bombardeio israelense atingiu a capital libanesa, Beirute, matando dois civis e ferindo 15 pessoas, de entendimento com o Ministério da Saúde do Líbano. A investida também resultou na morte de Mohammad Surur, comandante de uma unidade aérea do Hezbollah. Desde o início da ofensiva, na segunda-feira, 23, mais de 600 pessoas já morreram, aumentando as preocupações sobre uma provável escalada regional.

Os ataques entre Israel e o Hezbollah fazem segmento de uma série de confrontos que começaram em seguida o grupo libanês intensificar suas operações em solidariedade aos militantes palestinos na Fita de Gaza. O Hezbollah, que é bem pelo Irã, vem lançando ataques contra o setentrião de Israel, forçando a evacuação de milhares de civis da região.

Diante desse cenário, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou o compromisso de continuar a ofensiva militar. Antes de partir para Novidade York, onde fará um oração na Tertúlia Universal da ONU, Netanyahu declarou que a operação militar contra o Hezbollah será conduzida com “força totalidade” até que todos os objetivos de Israel sejam alcançados.

O Hezbollah, por sua vez, intensificou os ataques contra cidades israelenses, incluindo o lançamento de um míssil balístico em direção a Tel Aviv, que foi interceptado pelas defesas aéreas de Israel. Ou por outra, o grupo disparou dezenas de foguetes em áreas do setentrião de Israel, embora a maioria tenha sido interceptada pelas forças israelenses.

Tentativas de cessar-fogo enfrentam resistência

Enquanto a comunidade internacional tenta negociar uma solução pacífica, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente galicismo, Emmanuel Macron, continuam a proteger a proposta de trégua de 21 dias entre Israel e Hezbollah. A trégua abriria caminho para negociações mais duradouras que pudessem evitar um conflito maior no Oriente Médio.

No entanto, as pressões internas no governo israelense complicam a aprovação do entendimento. Membros da flanco ultranacionalista, incluindo o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, se opõem veementemente a qualquer tipo de cessar-fogo, afirmando que a única solução seria a rendição totalidade do Hezbollah. Esses líderes políticos argumentam que dar tempo ao Hezbollah permitiria ao grupo rearmar-se e continuar a guerra.

O Líbano, por sua vez, tem buscado uma solução para a crise. O ministro das Relações Exteriores libanês, Abdallah Bou Habib, apelou à ONU para que intervenha antes que a situação se torne incontrolável, agravando ainda mais a crise humanitária no país. O Líbano abriga murado de 1,5 milhão de refugiados sírios, muitos dos quais também foram atingidos pelos recentes bombardeios israelenses.

A situação no Líbano, agravada pela crise econômica e política, prenúncio desestabilizar ainda mais a região. Enquanto as negociações diplomáticas prosseguem, a possibilidade de uma novidade guerra envolvendo Israel e o Hezbollah continua a ser uma preocupação global.

Dois brasileiros morrem em bombardeios; FAB está de ‘prontidão’

Dois brasileiros foram mortos em bombardeios no Líbano, resultado dos intensos confrontos entre Israel e o Hezbollah. Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, nascido em Foz do Iguaçu, e seu pai, Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, de nacionalidade paraguaia, morreram em seguida um foguete atingir a cidade de Kelya, no Vale do Bekaa. A família havia morado no Brasil por mais de uma dez antes de retornar ao Líbano, onde abriram uma empresa em Sohmor, cidade próxima ao lugar do ataque.

Outra vítima brasileira foi Mirna Raef Nasser, de 16 anos, nascida em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mirna havia se mudado para o Líbano ainda párvulo e vivia na mesma cidade da família Abdallah, em Kelya. Ela era vizinha de Ali Kamal e morreu em um ataque distraído que atingiu a região. A notícia da morte de Mirna abalou familiares e amigos, que relataram a convívio próxima entre as duas famílias.

A Força Aérea Brasileira (FAB) já se prepara para uma provável operação de resgate de brasileiros no Líbano, caso o governo decida excretar seus cidadãos da região de conflito. A avião que será utilizada na operação, o KC-30, é a mesma que foi enviada anteriormente para resgatar brasileiros que estavam na Fita de Gaza. Com capacidade para mais de 230 passageiros, o avião tem autonomia de voo de até 12 horas, permitindo uma viagem direta do Brasil ao Líbano, sem escalas consideráveis.

Fontes da Aviação afirmaram estar “de prontidão” para o caso de o governo brasiliano dar o aval para a missão. Ou por outra, a Embaixada do Brasil em Beirute já começou a consultar os cidadãos brasileiros que vivem no Líbano sobre o interesse em receber espeque para deixar o país. A ordem para iniciar essas consultas foi dada pelo chanceler Mauro Vieira, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Tertúlia Universal da ONU em Novidade Iorque.

Por que Israel está fazendo ataques?

Israel faz uma vaga de ataques ao grupo Hezbollah, do Líbano, desde a semana passada. Primeiro, houve uma série de explosões de pagers e rádios de notícia usados pelo grupo, que matou dezenas de pessoas e deixou murado de 3.000 feridos. Em represália, o Hezbollah lançou mísseis contra o setentrião de Israel.

Em seguida, vieram fortes bombardeios do Israel ao Líbano, em alvos ligados ao Hezbollah, que já dura alguns dias.

O Hezbollah é considerado uma entidade terrorista pelos Estados Unidos, por Israel e outros países. O grupo paramilitar foi formado nos anos 1980, para lutar contra Israel, que ocupava partes do Líbano na estação. Mesmo com o termo da guerra entre os países, nos anos 2000, os dois lados seguiram trocando ataques esporádicos.

A partir de outubro de 2023, o Hezbollah fez uma série ataques a Israel porquê represália pela invasão israelense da Fita de Gaza, o que fez com que centenas de moradores da região tivessem de deixar suas casas. O governo israelense diz que a operação atual contra o Hezbollah tem porquê objetivo permitir que os moradores israelenses desalojados voltem para lar.

“Estamos intensificando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até que alcancemos nosso objetivo de retornar os moradores do setentrião com segurança para suas casas”, disse o Ministro da Resguardo de Israel, Yoav Gallant, em um vídeo nesta segunda.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que há um projecto de devastação lançado por Israel contra o seu país e apelou à ONU e aos países influentes para “dissuadirem” o governo israelense.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios