Inflação volta a desacelerar em agosto nos EUA, às vésperas das presidenciais
Andrew Caballero-Reynolds
A inflação nos Estados Unidos desacelerou nos 12 meses terminados em agosto a 2,2%, segundo o índice PCE publicado nesta sexta-feira(27) pelo Departamento de Negócio, uma boa notícia para o governo de Joe Biden a poucas semanas das eleições presidenciais.
O PCE é o índice mais seguido pelo Federalista Reserve. A inflação na conferência anual do mês de julho foi 2,5%. O banco mediano dos EUA iniciou em setembro um ciclo de cortes nas taxas de juros para tornar o crédito mais barato, em um contexto de desaceleração do aumento dos preços.
Os dados foram um pouco melhores do que o esperado, já que os analistas previam 2,3%, segundo o consenso do MarketWatch.
Os aumentos de preços registrados há vários anos nos Estados Unidos têm afetado muitos outros países do mundo e estão entre as principais preocupações dos eleitores, que terão de escolher entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump no próximo dia 5 de novembro.
“A inflação reduziu a 2,2%, um nível semelhante ao anterior à pandemia, em um contexto de queda das taxas de juros, reduzindo assim o dispêndio para a compra de imóveis e veículos ou para dirigir uma pequena empresa”, elogiou Biden em um enviado.
O Fed quer reduzir a inflação para 2% em termos anuais, um nível considerado saudável para a economia.
No entanto, a inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis, porquê os mantimentos e a vontade, subiu para 2,7% na mensuração de 12 meses, em conferência com 2,6% em julho.
Oriente é o primeiro aumento do núcleo da inflação “desde janeiro de 2023”, destacou John Choong, exegeta da Investors Edge.
“A inflação do PCE desacelerou para 2,2%, perto da meta de 2% do Fed”, mas a recuperação do índice subjacente “mostra que as pressões inflacionárias persistem, particularmente na habitação e nos serviços”, disse Anita Wright, do Bolton James.
Outro índice de inflação, o IPC, que reajusta as pensões, caiu em agosto para o seu nível mais grave desde fevereiro de 2021, a 2,5% interanual.
– Eleições na porta –
Na conferência mensal do PCE, a inflação universal e subjacente caiu para 0,1% frente a 0,2% em julho.
A renda das famílias, valor escoltado de perto pelo mercado, subiu 0,2% em agosto frente a 0,3% em julho. As despesas aumentaram 0,2% frente a 0,5% no mês anterior.
A crédito dos consumidores na economia dos EUA melhorou em setembro, anunciou nesta sexta-feira a Universidade do Michigan. Os americanos estão “plenamente conscientes de que a inflação continua em queda”, disse a diretora de pesquisas, Joanne Hsu.
No entanto, “muitos consumidores continuam dizendo que suas expectativas dependem dos resultados das próximas eleições”, disse.
– O horizonte das taxas –
Há 10 dias, o Fed fez seu primeiro namoro de taxas desde 2020, uma redução significativa, de meio ponto percentual. Seu presidente, Jerome Powell, indicou que trata-se de um “prelúdios”.
Embora o Fed seja independente do governo, sua decisão foi interpretada pela campanha de Donald Trump porquê um impulso a Kamala Harris, que comemorou “boas notícias” para os americanos.
O banco mediano, que tem a dupla função de controlar a inflação e manter o pleno ofício, agora se concentra em prometer que o mercado de trabalho não decline.
O Fed se reunirá logo depois as eleições, nos dias 6 e 7 de novembro.