Macron retoma difíceis consultas para nomear governo na França

O presidente gaulês, Emmanuel Macron, iniciou, nesta terça-feira, 27, uma novidade rodada de consultas para nomear um primeiro-ministro, depois de se recusar no dia anterior a indicar um governo de esquerda, agravando um clima político cada vez mais tenso.

Embora se desconheça a agenda exata de contatos, diferentemente da primeira rodada, o mandatário de centro-direita já descartou voltar a se reunir com o partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI) e com a extrema direita de Marine Le Pen e seus aliados.

O pequeno grupo parlamentar centrista LIOT abriu esta segunda rodada de negociações com partidos e “personalidades” no Palácio do Eliseu, sede da Presidência em Paris. Os responsáveis do partido da direita tradicional Os Republicanos (LR) comparecerão na quarta-feira.

Os líderes socialista, ecologista e comunista, aliados da LFI na coalizão de esquerda Novidade Frente Popular (NFP), anunciaram, no entanto, que não participarão, depois que Macron se recusou a nomear a candidata à primeira-ministra da NFP, a economista Lucie Castets.

“O trabalho continua. A porta está ocasião e eu recebo todos que querem trabalhar pelo interesse superior do país”, afirmou o presidente nesta terça-feira à tarde.

Uma vez que principal conjunto oriundo das eleições legislativas realizadas há dois meses, ainda que distante da maioria absoluta, a NFP considera que cabe a ela formar o governo, mas Macron a rejeitou na segunda-feira em nome da “segurança institucional”.

O socialista Olivier Faure denunciou na televisão France 2 “uma paródia de democracia”, enquanto a ecologista Marine Tondelier considerou na rádio Franceinfo que o presidente está “em plena deriva iliberal”.

A LFI, ao lado de organizações estudantis, convocou uma “grande sintoma contra o golpe” de Macron para 7 de setembro, na primeira semana de retorno às aulas na França em seguida as férias de verão.

O presidente gaulês convocou eleições legislativas antecipadas em 30 de junho e em 7 de julho, quase três anos antes do previsto, com a expectativa de um “justificação” do quadro político em seguida a vitória da extrema direita nas eleições europeias.

Mas o resultado mergulhou a França em um bloqueio político. Os três blocos surgidos das eleições – esquerda, centro-direita e extrema direita – ficaram longe da maioria absoluta de 289 deputados.

A aposta de Macron, do qual procuração termina em 2027, é compartilhar o Poder Executivo com um governo bravo pela situação e pela direita, mas que necessitaria também do suporte do setor mais moderado da NFP ou da continência da extrema direita.

O presidente não pode voltar a dissolver a Reunião (Câmara Baixa) até julho de 2025.

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