Dólar abre em queda com mercado de olho na reunião entre Haddad e Lula

Lorena Amaro

Dólar acumula subida de 16% no mês

O dólar
está em queda nesta quarta-feira (3), com o mercado ainda precatado depois as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Medial do Brasil (BC). Porém, sinais positivos de controle da inflação nos Estados Unidos estão animando os investidores.

  • Dólar: Às 10h, o dólar estava cotado a R$ 5,6136, registrando queda de 0,91%.
  • Às 11h, o dólar caía 1,67%, cotado a R$ 5,5707

Ibovespa: Abriu em subida de 0,81%, aos 125.798 pontos, seguindo a tendência positiva do início do pregão. Às 11h, registrava subida de 1,29%. 

Os investidores aguardam a reunião entre Lula e o ministro da Rancho, Fernando Haddad, e a equipe econômica do governo, que oficialmente trata do “tema fiscal”. No entanto, o mercado especula que medidas para moderar a subida do dólar também serão discutidas.

Ontem, a moeda americana fechou a R$ 5,66, depois atingir R$ 5,70 durante o dia, o maior patamar em dois anos e meio. Esse movimento reflete a cautela do mercado diante das críticas de Lula ao BC e ao presidente Roberto Campos Neto.

Lula mencionou um “jogo de interesse especulativo” contra o real e insinuou possíveis medidas do governo para responder à subida do dólar, que teve sua terceira subida consecutiva depois suas declarações.

No cenário internacional, o presidente do Federalista Reserve dos EUA indicou que a inflação no país deve voltar à meta de 2% ao ano até 2025. Hoje, o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed, que pode fornecer mais insights sobre futuros movimentos de política monetária nos EUA.

O crítico CNPI de mercado e contribuidor do TradersClub, Marcelo Coutinho, diz que o dólar horizonte está subindo desenfreadamente, com o temor do mercado sobre o cenário atual. 

“O mercado está enfrentando ou apostando contra o governo, que não toma medidas de contenção de gastos, fazendo com que o dólar siga estimado. O dólar fechou a R$5,672. O próximo objetivo do dólar é R$5,713 e, se eventualmente não parar, pode chegar a R$5,810. Esses são os objetivos do dólar, que segue em subida. O contrato horizonte de dólar que estamos usando é o WDOQ24. Os valores que mencionei podem ser identificados no gráfico. O próximo pitstop é em R$5,713, que é a próxima resistência, onde ele deve dar uma oscilada. Com a situação atual, é muito provável que o mercado continue pressionando, podendo atingir R$5,810”, aponta o crítico.

Sobre o Índice Bovespa, o profissional diz que ele está em queda desde janeiro. “A máxima foi em dezembro do ano pretérito e janeiro deste ano, quando o índice cotou a 134.395 pontos. Desde portanto, o índice lateraliza entre 126 e 131 milénio pontos, basicamente durante o ano inteiro. Em maio de 2024, o índice sofreu uma poderoso queda, atingindo 118.685 pontos. A partir de 14 de junho, o mercado corrigiu, saindo de 118.685 pontos para 124.718”, afirma.

“O próximo ponto de venda seria 125.520 pontos, o que estamos muito próximos de inferir. O Índice Bovespa, porquê um todo, deve desacelerar próximo a esse ponto. Investidores que possuem ações com beta positivo, ou seja, ações que acompanham o Índice Bovespa, devem permanecer atentos. Estamos a menos de 1.000 pontos, tapume de 800 pontos, de inferir esse objetivo. Portanto, se o mercado continuar nessa tendência de subida, devemos atingir o objetivo de 125.520 pontos, que é o primeiro objetivo do Índice Bovespa”, completa.

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