Advent segue otimista com o Brasil — mas já sente o fator ‘tigrinho’

Uma das gestoras de private equity mais tradicionais e ativas no Brasil, a Advent segue otimista com o Brasil, a despeito das turbulências macroeconômicas — mas o progressão das bets é um fator de preocupação para o segmento de consumo e varejo voltado para a baixa renda, que concentra algumas apostas do portfólio que soma US$ 8 bilhões investidos na América Latina.

“No término de 2023 e início de 2024, o setor de consumo focado em baixa renda estava indo muito muito, com uma dinâmica privado. Mas no segmento trimestre deste ano, a demanda começou a enfraquecer”, disse Juan Pablo Zucchini, co-head do Advent para a região, na conferência anual do Santander, que acontece hoje em São Paulo.

“Não tem a ver com a economia, tem a ver com o setor de gaming, que tirou poder de compra do consumidor.”

No início deste ano, a Advent anunciou o investimento na Skala, que tem com público-alvo principal as classes C e D. A empresa de produtos de venustidade tem uma vasta traço para cabelos, das quais carro-chefe é um ‘potão’ de creme de tratamento para cabelos que custa menos de R$ 15 e viralizou nas redes sociais.

Aliás, a companhia aportou R$ 1 bilhão junto com o fundo canadense CPPIB na Inspira, de instrução básica. O valor do investimento da Skala não foi anunciado à quadra, mas Zucchini afirmou hoje que a Advent já investiu R$ 2 bilhões no Brasil somente neste ano.

Há 27 anos no Brasil, com investimentos porquê a Yduqs, de instrução básica, e a Tigre, de tubos e encanamentos, e o Grupo CRM, possuidor da Kopenhagen, vendido para a Nestlé no ano pretérito, a gestora atua com uma abordagem predominantemente setorial. O foco são em cinco segmentos: serviços financeiros, saúde e instrução, consumo e varejo, indústria e tecnologia.

“Estamos enxergando bastantes oportunidades em serviços financeiros, principalmente pagamentos, que continua sendo um subsegmento muito interessante. Outro setor que olhamos de perto e tem sido muito dinâmico é o de tecnologia”, disse Zucchini.

Segundo o gestor, apesar dos barulhos políticos, a América Latina vem numa trajetória positiva nos últimos 15 anos, principalmente na questão fiscal. “Os governos, tirando alguns países que nem entram na conta, tem mostrado cada vez mais responsabilidade fiscal, mais controle da inflação. A forma porquê a região saiu do Covid e fez a bulha contra a inflação foi réplica, fez um trabalho melhor que Estados Unidos e Europa”, afirma,

De combinação com ele, a Advent é “muito focada e otimista” com o país. “Tem muita oportunidade pela frente, o Brasil está muito muito posicionado no cenário global.”

Com US$ 90 bi em gestão em todo o mundo, a Advent tem tapume de US$ 8 bilhões investidos na América Latina. Do totalidade, tapume de 50% a 60% tem sido investidos no Brasil, aponta o gestor. “E é pela qualidade dos negócios, não pelo tamanho do país, tem setores que performam muito em qualquer cenário.”

Zucchini destaca ainda o potencial de internacionalização de muitos negócios regionais — seja para países vizinhos da América Latina, seja para outras áreas do orbe.

Um exemplo é a Dufry, rede de free shops em que a Advent investiu e ajudou a solidificar por meio de aquisições e que hoje está em 150 países, além de ser listada na Suíça. É o caso também da Tigre, que hoje já está na Europa e nos Estados Unidos.

“Isso tem muito a ver com as qualidades do mercado brasílico. É um mercado dinâmico, exigente, provocador. O executivo brasílico em universal tem um siso de adaptação muito rápido e tem um conhecimento infelizmente de inflação. São atributos muito valorizados lá fora, principalmente nessa quadra.”

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