Quem é o skatista mais 'velho' a competir nas Olimpíadas de Paris 2024?

Para muitas pessoas, praticar skate é coisa de jovem, principalmente em contexto profissional. Mas, um skatista britânico rompeu as estatistcas ao mostrar que as manobras radiciais nas pistas também podem ser feitas por aqueles considerados “idosos” para o esporte.

Andy Macdonald é um dos destaques dos skate street nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ele está prestes a fazer história ao se tornar o skatista mais velho a competir nesta edição.

A qualificação do britânico para os Jogos Olímpicos surpreendeu tanto os fãs do esporte, quanto o próprio Andy. Em entrevista ao site “NBC Olympics”, ele contou que sua paixão pelo skate street começou na juvenilidade, porquê a maioria das pessoas que experimentam esse esporte pela primeira vez.

“Quando comecei no esporte, ir para as Olimpíadas nem era um pensamento, mas cá estou eu, me classificando aos 50 anos, e parece muito surreal”.

Em Paris, Andy vai competir ao lado das companheiras de equipe, Sky Brown e Lola Tambling, de 15 e 16 anos respectivamente. Ele brinca que participar dos jogos com pessoas muito mais jovens é estranho, pois nunca pensou que chegaria tão longe na modalidade.

“Eu nunca pensei que realmente me classificaria para os Jogos. Quando comecei esse processo há dois anos e meio, era basicamente porquê um experimento. Nunca imaginei competir com garotos de 14 anos aos 50″.

Estreia em uma olimpíada

Macdonald já havia conquistado oito medalhas de ouro nos X Games antes de Brown e Tambling nascerem. Embora tenha vencido outras competições também, nunca conseguiu se qualificar para uma Olimpíada. A edição de Paris 2024 marca a estreia do britânico em uma competição deste nível.

“Eu fiz secção da apresentação do Reino Uno na cerimônia de fechamento dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Na era, achei que era o mais próximo das Olimpíadas que o skate chegaria”.

Radicado nos EUA, tomou coragem e lutou por uma vaga na competição. Ele conseguiu se qualificar posteriormente chegar às semifinais do confronto de qualificação final em Budapeste em junho.

Mesmo sendo publicado pela sua habilidade na rampa vertical do halfpipe, Andy competirá no park, uma modalidade que envolve movimentos mais rápidos e utiliza um bowl tridimensional. “Quando consegui a vaga, tive a certeza de que poderia contribuir para a equipe”.

Diante da expectativa por medalhas, o britânico se mostra positivo em relação aos seus concorrentes, pois considera que sua longa experiência e sazão podem ser elementos decisivos nos jogos.

“Tenho uma vantagem porque, obviamente, tenho muito mais experiência em competição, o que é precípuo para me preparar mental e fisicamente. Eles têm a vantagem da juventude. Podem tombar e simplesmente se levantar e tentar de novo. Por outro lado, eu poderia permanecer fora por umas duas semanas se me machucasse”, explicou.

Base da família

Ao festejar sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris, Andy McDonald debocha do etarismo e encara com leveza as diferenças de idade com os demais competidores. Ele também reconhece que o escora dos três filhos o motivaram a persistir no esporte e a desenredar o caminho para uma vida equilibrada.

“Desde o primórdio, ouvi dúvidas sobre se eu conseguiria ser um desportista olímpico e ainda ser um pai presente. Para mim, a maior conquista foi conseguir fazer as duas coisas. Produzir meus filhos é a coisa mais importante”.

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