Dívida no cartão de crédito? Veja o que você deve evitar parcelar

Quem aí vive uma relação de paixão e ódio com o cartão de crédito?

Se você tem ao menos um em sua carteira, é muito provável que alguma vez já tenha utilizado de forma errada. Considerado por muitos uma vez que o grande vilão da inadimplência, é preciso entender que o cartão de crédito não passa de uma simples utensílio. Caberá ao seu usuário saber aproveitar os diversos benefícios ou desabar nas dívidas, que podem se tornar uma globo de neve sem termo.

Implementado no Brasil na dezena de 1960, o cartão de crédito já funcionou de diversas formas. Primeiro, surgiram os cartões com tarja magnética, facilitando a utilização pelos consumidores. Depois, veio a era do chip, tornando necessário somente inserir o cartão na maquininha e concluir a transação com a senha bancária.

O tempo passou e a tecnologia deixou esse processo ainda mais fácil. Hoje, as operações também podem ser feitas por aproximação e por reconhecimento facial, graças à ajuda do smartphone.

Mas é preciso ter em mente que, mal o cartão de crédito é utilizado, uma dívida é adquirida com o banco, que só será finalizada depois do pagamento da fatura mensal. Aos clientes que não conseguem remunerar a fatura completa, o banco oferece crédito rotativo. Dessa forma, a pessoa paga os juros sobre o valor não quitado.

Apesar de parecer uma boa opção, a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo costuma ser muito subida. Posteriormente um início de ano em queda, ela subiu 9,4 pp (pontos percentuais) no último mês de março, alcançando a marca estratosférica de 421,3% ao ano, de consonância com  dados do Banco Meão.

É cá que está o verdadeiro transe. As instituições bancárias até oferecem diferentes formas de parcelamento e estabelecem um pagamento mínimo, liberando o limite para novas compras e gastos. Porém, essas novas movimentações entrarão na dívida rotativa, o que faz com que muitas pessoas percam o controle. Com juros tão altos, é mais fácil permanecer endividado.

Em abril, o percentual de famílias brasileiras endividadas bateu a marca de 78,5%, segundo a  Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor,
desenvolvida pela CNC (Confederação Pátrio do Negócio de Bens, Serviços e Turismo). Dentre o totalidade de endividados, quase metade (47,4%) está com os boletos atrasados por mais de três meses. Já as famílias que recebem até três salários mínimos são as mais atingidas: 80,4% delas vivem nessa situação.

As 7 compras que você deve evitar parcelar

Para não passar por apuros e ter as suas finanças comprometidas por um longo período, o ideal é que você não parcele zero sem a certeza que terá numerário para remunerar posteriormente. Com a atual veras socioeconômica da população, sabemos que isso não é tarefa fácil, mas existem algumas compras em específico que poderão proporcionar uma baita dor de cabeça no porvir, caso sejam parceladas.

A seguir, reunimos uma lista com as sete compras que precisamos tomar zelo. Confira nossas dicas:

1 – Shows e festivais musicais

Curtir um show de seu artista predilecto ou qualquer festival com atrações musicais famosas pode até ser um momento bacana e de muita descontração, mas lembre-se, essa diversão será de somente um dia. Se você escolher parcelar o pagamento, portanto vai ter essa despesa em sua fatura por alguns bons meses.

Esse é um caso completamente dissemelhante, por exemplo, da pessoa que precisou comprar uma geladeira novidade depois que a sua apresentou defeito. Por ser um item indispensável, ela não conseguirá esperar vários meses para juntar a quantia totalidade e remunerar o resultado à vista. Muitas vezes, o parcelamento é a única escolha.

Agora, um show não só está longe de ser alguma coisa forçoso, uma vez que também envolve outros gastos associados. Não é somente o preço do ingresso que irá para a conta. É preciso somar ainda o gasto com transporte para ir e voltar, além de alimento dentro do evento, que geralmente não é zero barata.

Para o brasílio que já está apertado em dívidas, essas são despesas muitas vezes dispensáveis ou que podem ser planejadas com antecedência para não precisar recorrer ao crédito.

2 – Roupas e tênis de marca

Cá também temos duas situações bastante diferentes: a primeira é a pessoa que arranjou um tarefa novo em que é obrigatório o uso de roupa social. Ela pode não ter condições de remunerar à vista, mas faz esse investimento pensando em sua curso profissional. Mesmo parcelando, com o numerário que receberá no próximo mês já poderá remunerar a sua dívida e, nas próximas vezes, escolher pelo pagamento à vista.

Já no outro lado da história, vemos alguém que quer comprar roupa de marca para passar um status ou “estar na voga”, mas não tem numerário para o pagamento à vista. Seja o tênis do momento, a calça tendência ou aquela camisa solene do seu time de coração, não tem nenhum problema querer se vestir muito.

Só que é preciso pensar que se essa roupa for parcelada em 10 ou 12 vezes, o consumidor possivelmente continuará pagando por uma peça que nem estará usando mais. Até lá, com certeza, irão nascer outros itens de vestuário adquiridos da mesma forma, tornando-se uma dívida eterna. No termo do mês, você estará trabalhando somente para remunerar esses tipos de despesas do cartão de crédito.

Se você não tem o numerário para comprar aquilo que você quer à vista, tem duas opções: junte o numerário até conseguir remunerar de uma vez ou portanto opte por um padrão que caiba no seu bolso. Você até pode querer um tênis de determinada marca, mas não precisa comprar a risco mais rosto. Diversas lojas fazem promoções, sendo verosímil levar um padrão parecido, de uma coleção anterior, por um valor muito mais em conta.

3 – Viagens

Você quer fazer aquela viagem dos sonhos, guardou o seu tão suado numerário e viu que o pagamento à vista está no mesmo valor que remunerar à prazo? Portanto não tem problema qualquer parcelar e deixar o restante das suas economias rendendo uma vez que investimento. Agora, se você não tem numerário e pensa em parcelar, mesmo que tenha que enfrentar um belo de um juros depois, sentimos muito, mas essa não é uma das melhores ideias.

Boa secção dos brasileiros está sempre de olho no calendário para aproveitar os feriados e fazer aquela viagem para resfolgar ou saber um lugar novo. Porém, quando essas viagens são pagas de forma parcelada, o que vemos é um acúmulo de parcelas. A globo de neve de dívidas girando mais uma vez pode comprometer totalmente as suas finanças.

4 – Contas em restaurantes

Com a popularização das redes sociais, ficou cada vez mais generalidade nos depararmos com reviews de restaurantes que mostram o envolvente, os pratos e o clima aprazível compartilhado. Isso até chegar no preço: um jantar para duas pessoas saindo por R$ 400! E sabemos que tem lugares que cobram valores ainda mais salgados e fora da veras da maioria dos brasileiros. Para a conta não permanecer tão pesada, no final, esses locais oferecem a “vantagem” do parcelamento.

Caso o pagamento tenha sido feito em três vezes, o consumidor vai levar tapume de 90 dias para arcar por alguma coisa que ele usufruiu por somente uma ou duas horas. E durante todo esse período, é patente que ele vai querer ter outros momentos de lazer ou trespassar para consumir. Se a escolha por parcelar já virou um hábito, é evidente que isso pode virar uma dívida muito mais subida e que atrapalhará o seu planejamento financeiro.

5 – Telefone celular

Tem uma galera que não depende de smartphone para trabalho, não se diverte com nenhum jogo e nem aproveita todas vantagens das câmeras de última geração, mas ainda assim quer comprar o último padrão lançado. Só que um aparelho desses não é dos mais baratos, com preços que podem variar entre R$ 5 milénio e mais de R$ 10 milénio.

Quem escolhe comprar um aparelho de última geração de forma parcelada precisa pensar muito muito antes de desabar em um uma perigosa enrascada. Isso porque os celulares se tornaram os itens mais furtados e roubados no Brasil. Não são raros os casos de pessoas que parcelaram o resultado, são vítimas desse tipo de delito e precisaram continuar pagando por alguma coisa que nem está mais em sua posse.

Portanto se você está precisando trocar de celular e não tem todo aquele numerário para comprar o último lançamento, uma boa dica é pesquisar muito e optar por um padrão mais condizente com a sua atual veras financeira. Muitas vezes, uma versão intermediária ou até um semi-novo suprirá muito as suas necessidades.

6 – Presentes

Todo mundo quer deleitar e fazer alguma coisa bacana para as pessoas que nutriz, mas muitas vezes não temos o numerário para comprar aquele presente à vista. A situação fica ainda mais complicada quando falamos de um relacionamento amoroso, porque não tem somente o Dia dos Namorados. É o natalício da pessoa, natalício de namoro, Natal e daí em diante…

Se a cada data comemorativa você parcelar uma compra, essa conta no final não irá fechar. Quer presentear qualquer ente querido, parceiro de vida ou companheiro? Portanto a principal dica, mais uma vez, é pesquisar os melhores preços. Caso o item desejado ainda esteja fora do seu orçamento, busque por opções mais baratas ou prepare você mesmo uma experiência que agrade a pessoa namorada.

7 – Videogames

Essa última dica vai principalmente para os gamers: não parcele videogame e nem jogos, já que esse tipo de entretenimento é alguma coisa muito dispendioso cá no Brasil. Se você, assim uma vez que nós, conhece esse universo, sabe que um videogame de última geração custa mais de R$ 4 milénio. Até pouco tempo detrás, o que muita gente fazia era montar um computador para jogar, importando peças separadas até conseguir montar a sua máquina. Só que agora, com os impostos de 92% sobre as importações, essa prática não é mais tão vantajosa.

Os lançamentos acontecem todos os meses, é um jogo melhor que o outro. Se a pessoa for comprar todos esses games de forma parcelada, não tem uma vez que passar um mês sem comprar um baita dívida. A solução nesse caso é optar pelos jogos de celular, que, em sua maioria, são gratuitos, e muito divertidos. Já se você quer ter a experiência dos jogos de consoles, procure por modelos mais antigos, promoções ou daquele seu companheiro ou espargido, que resolveu se desfazer por um precinho mais camarada.