Total de mulheres responsáveis por domicílios cresce, revela Censo 2022

O Recenseamento 2022 do Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma mudança significativa na constituição familiar do Brasil: pela primeira vez, 34,1% das mulheres aparecem uma vez que responsáveis pelos domicílios , superando o percentual de 25% que ocupa a posição de consorte ou companheira. Em 2010, o cenário era inverso, com 29,7% das mulheres uma vez que cônjuges e somente 22,9% uma vez que responsáveis pelos lares.

Em termos gerais, os homens ainda são a maioria (50,9%) no comando das residências, somando 37 milhões. Entretanto, as mulheres já representam 49,1% das chefes de domicílios, que correspondem sobre 36 milhões de lares . De 2010 para cá, houve uma redução na diferença: naquele ano, 61,3% dos domicílios eram liderados por homens, contra 38,7% por mulheres.

Outro oferecido relevante é a região onde elas são maioria no comando das casas: em 10 estados, sendo oito deles no Nordeste, mais de 50% dos lares têm uma mulher uma vez que responsável pela família. Em Pernambuco, o percentual chega a 53,9%, seguido por Sergipe (53,1%) e Maranhão (53%).

Mudanças na estrutura familiar

O Recenseamento também destacou que 29% das mulheres responsáveis pelas casas são mães solo. Essa proporção para os homens é de somente 4,4% nos lares. Em relação ao tamanho médio das famílias, houve queda, passando de 3,3 pessoas em 2010 para 2,8 em 2022. 72,3% das unidades domésticas contam com até três moradores , enquanto 28,7% têm somente dois residentes.

Na questão racial, o levantamento apontou que, pela primeira vez, a proporção de pardos responsáveis pelos lares (43,8%) superou a de brancos (43,5%). Em 2010, 49,4% dos chefes de domicílios eram brancos e 40% eram pardos.

Em termos de idade, a maioria dos responsáveis pelos lares é mais velha do que em 2010, o que reflete um envelhecimento universal da população. Os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios unipessoais, com 23,4% e 22,3%, respectivamente, indicando uma população envelhecida.

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