Ministério da Justiça estuda edição de portaria para orientar abordagens policiais

O Ministério da Justiça estuda a edição de uma portaria para orientar as abordagens policiais no país. O texto em debate estabelece que o uso de armas de lume tanto por policiais porquê por guardas civis municipais deve ser visto porquê último recurso e define regras para realização de revistas e uso de algemas.

A elaboração da portaria vem sendo discutida pela pasta desde o início do ano e não há data para sua publicação, nem definição se o seu teor passará pelo crivo do Palácio Planalto.

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A portaria prevê que o cumprimento das recomendações é um critério para transferência aos estados de recursos do Fundo Vernáculo de Segurança Pública. Há dúvidas na pasta, porém, se poderiam ser identificados critérios objetivos para medir se as regras estão realmente sendo cumpridas.

Márcio Mattos, diretor substituto da Diretoria do Sistema Único de Segurança Pública (Dsusp) do Ministério da Justiça, diz que a previsão de utilização de armas de lume porquê último recurso já estava prevista em uma portaria de 2010 e em uma lei de 2014 que disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo por agentes de segurança pública.

“Isso (uso de força porquê último recurso) está em convenções internacionais há bastante tempo Portanto não se trata exatamente de uma inovação. É um reconhecimento que as polícias já fazem. E me parece que existe um consenso não somente do ponto de vista legítimo, mas do ponto de vista prático dos próprios profissionais”, afirma.

Mattos acrescenta que nas interações diárias dos policiais, a maior segmento dos casos não exige o trabalho da arma de lume.

“As polícias nos seus procedimentos já reconhecem que as armas são o último recurso, tanto é que equipamentos de menor potencial ofensivo são adquiridos e seu uso é ensinado nos diferentes cursos há muito tempo no país”.

O diretor substituto do Dsusp afirma que a portaria visa prometer condições de profissionalização das polícias e estabelecer normas claras de atuação, porque a legislação em vigor ainda é muito ampla.

“A intenção do Ministério da Justiça é conferir segurança para a atuação dos profissionais”.

A portaria que está em debate foi elaborada a partir das discussões de um grupo de trabalho criado com representantes dos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos e da Paridade Racial, do Juízo Vernáculo de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, do Juízo Vernáculo dos Chefes de Polícia Social, Juízo Vernáculo do Ministério Público, entre outros.

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