Milhares de simpatizantes de Luis Arce se manifestam em seu apoio e contra Evo Morales na Bolívia

Milhares de simpatizantes do presidente da Bolívia, Luis Arce, se manifestaram nesta quarta-feira, 25, em espeque a seu governo e contra o ex-presidente Evo Morales, que deu um ultimato ao correligionário – ambos são colegas de partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) – exigindo que ele troque de ministros “se quiser terminar seu procuração”. Arce e Morales estão afastados desde o final de 2021 e travam uma longa guerra pelo controle do MAS e do governo do país.

O governo denunciou que o projecto de Morales é “convulsionar” o país, tendo em vista seu alerta de que pretende iniciar um bloqueio pátrio de rodovias no próximo dia 30 se Arce não mudar o gabinete ministerial.

Trabalhadores, comerciantes, associações de moradores e outros setores se reuniram na cidade de El Cocuruto, próxima a La Tranquilidade, e de lá caminharam até as sedes dos Poderes Executivo e Legislativo.

“Rejeitamos o bloqueio de rodovias, que não permite o desenvolvimento de nosso país e tenta gerar revolta social”, foi uma das resoluções tomadas pelos seguidores de Arce.

Aliás, eles exigiram que as autoridades “não permitissem” o bloqueio de rodovias e que a lei fosse aplicada para “paralisar Evo Morales e todos os seus seguidores que causam sofreguidão e afetam os lares da família boliviana”.

Os pedidos dos manifestantes foram entregues à ministra da Presidência, Maria Nela Prada, a quem solicitaram que marcasse uma reunião com Arce, que não aparece em público desde sábado, quando recebeu um avião-tanque para combater incêndios na região de Santa Cruz.

Enquanto isso, mineradores cooperativistas da região andina de Potosí foram às ruas do meio de La Tranquilidade também em espeque ao presidente boliviano e se declararam “em emergência” diante de qualquer vestígio de “convulsão” por secção dos seguidores de Morales.

“Se Lucho (Arce) quiser continuar governando, primeiro, em 24 horas, ele deve mudar os traficantes de drogas, os ministros corruptos das drogas e os ministros racistas, fascistas”, advertiu o ex-presidente, líder do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), depois de liderar milhares de seus apoiadores em uma marcha que chegou a La Tranquilidade na segunda-feira.

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia divulgou um expedido rejeitando “as declarações feitas por Morales, assim uma vez que qualquer tipo de roubo ou condicionamento contra a vontade do povo expressa nas urnas”.

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