Construindo degraus: os 5 grandes desafios para as mulheres alcançarem o topo da carreira

Nesta segunda-feira, 26, é festejado o Dia Internacional da Paridade Feminina. A data foi criada em 1971 pelo Congresso americano para comemorar o natalício do recta de voto às mulheres americanas, que aconteceu em 1920. Mesmo com origem nos Estados Unidos, a data de popularizou em vários países, inclusive no Brasil, com o objetivo de refletir sobre os avanços na paridade de gênero e primar os desafios ainda existentes na sociedade, inclusive no mercado de trabalho.

“É uma data que serve para comemorar os avanços, ou seja, os degraus que já avançamos quando o tópico é paridade de gênero em diferentes esferas, porquê política e trabalho. Porém, o marco também serve para indicar as lacunas que temos que proceder”, afirma Margareth Goldenberg, psicóloga, técnico em direitos humanos e mundo corporativo há 27 anos e CEO da Goldenberg Variedade, consultoria estratégica que promove flutuação, isenção e inclusão nas empresas.

Uma vez que tirar a paridade de gênero do papel?

Exclusivamente 6% de CEOs são mulheres no mundo todo, segundo a 8ª edição “Women in the Boardroom”, pesquisa realizada pela Deloitte, empresa global de consultoria e auditoria. Apesar de ainda ser uma porcentagem baixa, em 2023 houve um aumento de 1% em relação ao ano anterior.

“Vemos todo aumento da presença feminina na liderança porquê um resultado positivo, enfim, estamos avançando”, afirma Aline Vieira, sócia-líder do Delas, iniciativa de Variedade de Gênero da Deloitte Brasil.

O estudo também mostra o progressão quando o recorte é Brasil: a representação de mulheres em cargos de CEO aumentou de 0,8% para 2,4% em 2023.

Para apressar os avanços das mulheres no mercado de trabalho, o Pacto Global da ONU promoveu o movimento “Elas Lideram”, que estabelece o compromisso de metade de mulheres na subida liderança até 2030. Goldenberg faz segmento do comitê porquê gestora executiva do Movimento Mulher 360, que começou em 2015 com oito grandes empresas globais e hoje reúne 112 empresas que buscam apressar a isenção de gênero no envolvente corporativo brasílio.

“Hoje, a conversa não é mais sobre por que devemos promover a isenção de gênero, mas sim sobre porquê podemos fazer isso”, afirma Goldenberg.

Apesar dos avanços, Goldenberg afirma que há ainda desafios a serem superados no mercado de trabalho para alcançarmos globalmente a paridade de gênero nas companhias em cargos de subida liderança. Veja quais são eles.

Os 5 desafios para a jornada das mulheres ao topo

A cultura organizacional

Entre as principais lacunas que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, está a cultura organizacional das empresas, afirma Goldenberg. “Historicamente, a cultura de uma empresa foi construída por homens e para homens”, diz.

Essa estrutura, muitas vezes inconsciente, perpetua estereótipos e barreiras que dificultam a subida das mulheres.

“Ainda temos um degrau quebrado na jornada das mulheres entre a coordenação e a gerência, que impede a isenção de gênero nos níveis mais altos das organizações, porquê diretora, CEO ou conselheira”, afirma Goldenberg que lembra que as mulheres continuam sendo maioria formadas nos cursos universitários no Brasil e em cargos de ingressão, porquê estagiárias, trainees, analistas, assistentes, até coordenação.

Outra grande barreira para as mulheres na cultura organizacional é a maternidade, que continua sendo vista porquê um travanca, e não porquê um impulso para a curso, afirma a gestora que participa do comitê da ONU Mulheres.

“É fundamental termos estabilidade nessa economia do desvelo, que ainda está nas costas das mulheres. As empresas ainda precisam melhorar práticas sobre a maternidade e sobre a ampliação da licença parental”.

A flexibilidade é outra particularidade de cultura que está ajudando mulheres a chegarem até o topo. Segundo Goldenberg, atualmente a flexibilidade no envolvente de trabalho é altamente valorizada não só por mulheres, mas também por homens, mas a falta impacta desproporcionalmente as mulheres, principalmente aquelas que são mães.

“A privação de flexibilidade no trabalho é um dos principais motivos pelos quais mulheres, principalmente as que ocupam cargos de diretoria, pedem exoneração.”

Esse tipo de exoneração, está gerando o fenômeno que Goldenberg labareda de “porta giratória”.

“Para cada mulher promovida diretora, duas mulheres diretoras pedem exoneração, ou seja, nós estamos enxugando o soalho com a torneira ocasião. Temos um esforço imenso de contratação de mulheres em todos os níveis, mas elas não estão se mantendo na empresa.”

Microagressões

As microagressões é outro ponto levantado por Goldenberg porquê um deságio atual para as empresas. Pequenas atitudes discriminatórias que, embora sutis, podem ter um impacto profundo e infindável nas mulheres e criam um envolvente de trabalho excludente, afirma Goldenberg.

“Essas microagressões incluem comportamentos porquê interromper mulheres em reuniões, não reconhecer a autoria de suas ideias, atribuir somente a elas tarefas domésticas no envolvente de trabalho (porquê organizar festas ou redigir atas), ou fazer comentários sobre sua figura ou estado emocional.”

Impactos da pandemia

A pandemia de Covid-19 também trouxe retrocessos significativos para a isenção de gênero. Mulheres, principalmente as negras e de baixa renda, foram as mais impactadas, enfrentando demissões e a sobrecarga do desvelo familiar sem o base de escolas e creches.

“É porquê se tivéssemos oferecido dois passos para trás, e agora estamos retomando a jornada pela isenção”, diz Goldenberg.

 O base dos homens

Para mulheres chegarem a posições de liderança é preciso que os homens que hoje ocupam esses lugares estejam engajados com a culpa.

“Empresas que envolvem seus líderes masculinos avançam 30% mais rápido na promoção da isenção de gênero, segundo uma pesquisa recente da Boston Consulting Group”, diz Goldenberg. “A transformação cultural deve ser jacente, até que a isenção de gênero seja a norma, e não a exceção”.

O base entre elas

Para as mulheres que aspiram a cargos de liderança, Goldenberg compartilha alguns conselhos, entre eles o base entre as mulheres.

“Acreditem em si mesmas, conheçam suas competências e deem visibilidade ao seu trabalho. Busquem mentoria e não deixem que os desafios as desmotivem. A sororidade entre mulheres também é fundamental para esse progressão.”

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